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Auxílio Brasil pode tirar votos de Bolsonaro, diz pesquisa

Levantamento da Genial/Quaest mostra que 54% dos brasileiros acreditam que novo programa diminuirá as chances de voto no presidente

Foto: EVARISTO SA / AFP
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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira 27 mostra que 54% dos brasileiros acreditam que o Auxílio Brasil, programa do governo federal que deve substituir o Bolsa Família, diminuirá as chances de voto no presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o levantamento, cerca de 25% afirmam que o programa aumentará a probabilidade de Bolsonaro ter mais votos na próxima eleição. Outros 20% não souberam responder ou não opinaram.

“Entre os eleitores que afirmam que o Auxílio Brasil tende a aumentar suas chances de votar em Bolsonaro (25%), 84% já são simpáticos ao presidente”, escreveu Felipe Nunes, diretor da Quaest.

“Dos que afirmam que essa medida diminuirá suas chances de votar em Bolsonaro (54%), 16% é apoiador do presidente. Ou seja, em termos absolutos, todo esse esforço fiscal significaria ganhar 4% de apoio e perder 9% de base. Um saldo negativo para um esforço fiscal arriscado”, acrescentou.

A pesquisa revela ainda uma divisão do eleitorado em relação à decisão de aumentar o valor do Bolsa Família para 400 reais e correr o risco de estourar o orçamento público: 44% dizem que a decisão é errada, enquanto 42% dizem que é certa.

“A polarização em torno do tema esconde um aspecto muito interessante da composição dos grupos. Há uma parcela significativa dos opositores ao presidente (anti-bolsonaristas) que é favorável à medida (32% destes concordam que a decisão é correta), enquanto outra parcela também significativa de apoiadores do presidente (pró-bolsonaristas) é contrária à decisão de correr o risco fiscal para garantir um valor maior para o Auxílio Brasil (28%)”, disse Nunes.

Entre os entrevistados, 70%  disseram estar informados a respeito do Auxílio Brasil. Outros 30% afirmaram que não sabiam do novo programa.

A rodada especial da pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 23 e 24 de outubro com 1033 entrevistas presenciais domiciliares em 50 municípios. A margem de erro é de 3.1 pontos percentuais.

 

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