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O povo da Caxemira clama pela solidariedade internacional
As disputas pela região pela maioria muçulmana levaram a duas guerras e muitas batalhas entre Índia e Paquistão
Milhares de homens e mulheres da Caxemira se somam às marchas de rua contra a política ultranacionalista da Índia, que revogou a autonomia da Caxemira e está estabelecendo um estado de apartheid muito similar ao que Israel estabelece contra os palestinos.
O Reino Unido, a França e Portugal colonizaram a Índia e dividiram seu povo. Os colonizadores europeus haviam fortalecido os movimentos nacionalistas hindus e fomentaram de propósito as intrigas entre hindus e muçulmanos, mas ainda assim havia um sentimento de união entre os muçulmanos e hindus na Caxemira de maioria muçulmana.
Com o fracasso do pacto de Luknow, de 1916, entre o Congresso Nacional e a Liga Muçulmana, que visava proteger os direitos das minorias – mas este pacto nunca saiu do papel – houve muitas lutas entre hindus e muçulmanos.
A Índia e o Paquistão dividiram o território após sua independência do Reino Unido em 1947. As disputas pela região pela maioria muçulmana levaram a duas guerras e muitas batalhas entre os dois países.
Os hindus haviam se declarado os habitantes originais e que os muçulmanos seriam imigrantes e que deveriam sair do país para seguir sua religião, além de retirar direitos dos muçulmanos na Caxemira.
Há também uma forte demanda sionista na região e medidas similares às tomadas por Israel na ocupação dos territórios ocupados da Palestina.
Os sionistas na Índia estabeleceram uma aliança com a organização Rastriya Swayamsevak Sangh RSS, uma organização paramilitar nacionalista hindu de direita que está trabalhando em provocar conflitos entre hindus e muçulmanos.
A Caxemira ocupada está resistindo às medidas de apartheid da Índia. Choques em Srinagar entre manifestantes e a polícia da Índia aconteceram logo após a revogação da autonomia. Os agentes de segurança lançaram gazes lacrimogêneos e balas de borracha em meio aos 12 dias de apagão de internet e telefone.
É necessária a solidariedade internacional aos muçulmanos da Caxemira. Os muçulmanos do mundo todo devem apoiar os muçulmanos da Caxemira. Desde os últimos choques, ao menos quatro mil pessoas já foram detidas e presas na Caxemira sobre controle da Índia, que também proibiu as reuniões ou atos de rua.
O Paquistão declarou que lutará contra a mudança do status da Caxemira, anunciou um embargo comercial, suspendeu vários acordos e intercâmbios comerciais e ameaçou levar à Corte Internacional de Justiça (CIJ) a disputa com a Índia sobre a Caxemira, especialmente as violações aos direitos humanos.
Organizações cristãs do Paquistão se reuniram para se solidarizar com o povo da Caxemira. A igreja presbiteriana está envolvida em organizar manifestações pacíficas para protestar contra as atrocidades do governo da Índia.
Bonnie Mendes, ex-secretário executivo da comissão de justiça e paz e da conferência episcopal do Paquistão, chama um referendo sob os auspícios da ONU para estabelecer a soberania de Jamu e Caxemira.
Farroq Tarik, representante muçulmano do Partido dos Trabalhadores (Awami Workers Party) pede a desmilitarização da região e o Professor católico Anjum James Poul, da associação de docentes das minorias paquistanesas, disse que está muito preocupado sobre as atuais tensões entre Índia e Paquistão e que ninguém está a salvo em meio à loucura de um conflito desatado pela guerra.
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