3ª Turma

O que Glenn Greenwald esclareceu aos deputados sobre a Vaza Jato

Em audiência pública no Congresso, Glenn Greenwald respondeu as dúvidas dos deputados sobres os vazamentos do Intercept

Glenn Edward Greenwald, advogado e jornalista norte-americano. Um dos fundadores do The Intercept
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No último dia 25, dois eventos importantes ocorreram simultaneamente, a audiência pública do Glenn Greenwald na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula pela Segunda Turma do STF. 

Neste mais recente episódio do seu jornal antijurídico, trazemos uma análise de tudo que foi esclarecido por Glenn, principalmente no que diz respeito aos métodos usados pela equipe do The Intercept Brasil para verificar a autenticidade dos materiais divulgados. 

E também, o resultado do julgamento do HC do Lula pelo Supremo, suas consequências para o ex-presidente e as estratégias que a defesa está construindo no processo na ONU, com o objetivo de demonstrar que todas as instâncias do Judiciário brasileiro estão sendo pressionadas, inclusive por militares do alto escalão do Exército, para que Lula continue preso. 

Desde o dia 9 de junho que o site Intercept têm divulgado conversas entre os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato e o então juiz federal Sérgio Moro. São diálogos que revelam Moro e Deltan Dallagnol planejando acusações, combinando o vazamento de gravações e notas para a imprensa, articulando para que a Polícia Federal não entregasse investigações ao Supremo para não perderem o caso do Lula, planos para impedir as entrevistas do Lula – autorizadas pelo Supremo – por medo disso ajudar o Haddad nas eleições, além de referências comprometedoras aos ministros do STF, como o caso “In Fux We Trust”, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “um apoio importante que é melhor não ser melindrado”. 

 

No dia 27, o Conselho do Ministério Público arquivou o processo administrativo disciplinar contra Deltan. O corregedor Orlando Rochadel, na mesma linha de defesa usada por Sérgio Moro, argumentou que não é possível confirmar a autenticidade dos diálogos vazados e que, ainda que fossem verdadeiros, não há qualquer “ilícito funcional”. 

Por outro lado, como Moro pediu exoneração para assumir o Ministério da Justiça, não pode mais ser julgado pelo Conselho Nacional de Justiça. O que não significaria grande coisa, já que o ex-juiz federal permaneceu eternamente invicto no CNJ, dos seus 55 processos disciplinares, 34 chegaram ao fim com a decisão de arquivamento e o resto…é resto. 

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