3ª Turma

Cancela Bolsonaro!

Conheça a coalizão de mulheres que cancelou a visita de Bolsonaro à Nova York

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No começo de maio de 2019, a grande mídia mundial, comercial e estatal, anunciava: Bolsonaro cancela viagem a Nova York. Cada qual com sua manchete própria, CNN, The New York Times, Deutsche Welle, Globo, BBC, Al Jazeera, Reuters, e tantas outras, fizeram menção dos protestos como motivadores para a desistência da visita do presidente do Brasil a Nova York. Afinal, quem protestou? Quem são esses rostos desconhecidos, majoritariamente de mulheres, ativistas, cidadãs, que seguraram por horas, sob chuva, as placas com dizeres como “contra a destruição das florestas tropicais, diga não a Bolsonaro”, “pelas nossas filhas, lute contra misoginia” ou “mulheres brasileiras contra o fascismo”? Como se organizam? Quais são suas reivindicações?

Em setembro de 2018, quando o movimento #EleNão organizava-se no Brasil, com o suporte da força do grupo online fundado por Ludimilla Teixeira, e suas companheiras, o Mulheres Unidas Contra Bolsonaro [1], que chegou a ter quase quatro milhões de participantes, organizavam-se também os grupos no exterior. Grupos já existentes conectavam-se. Formou-se uma rede de mulheres (e homens) em diversas partes do mundo que também tomaram as ruas para protestar contra o discurso misógino, racista, homofóbico do então candidato do PSL (Partido Social Liberal) à Presidência da República.

Seu ódio já havia sido pauta de diversos programas de televisão de língua inglesa como, por exemplo, das entrevistas que concedeu, uma à atriz e ativista Ellen Page e outra ao ator e escritor Stephen Fry , e até no programa de John Oliver que, apesar do humor, fez críticas duras a quem é apelidado de Trump dos Trópicos.

Da repulsa a esse discurso e da possibilidade real de que Bolsonaro pudesse ser eleito, com a incógnita do que isso significaria para as mulheres, comunidade LGBT, indígenas, negros, pobres, artistas, militantes da esquerda, basicamente para todos e todas que não estão na matriz: homem, branco, hétero, não-pobre, capitalista, formaram-se diversos grupos e um deles, com quase quatro mil membras em diversos países, é o Mulheres da Resistência no Exterior do qual entrevistamos Luciana Kornalewski, Ana Claudia Dias e Zule Houghton. Outros coletivos tomavam mais força como o grupo formado há três anos na movimentação #ForaCunha, que tem como estratégias fazer protestos de rua, o Comitê Defend Democracy in Brazil – NY, do qual entrevistamos Natália Campos e Myriam Marques.

Desde 1970, todos os anos a Câmara de Comércio Brasil Estados Unidos ou Brazilcham [2], com sede em Nova York, confere o prêmio The Person of The Year a uma pessoa dos EUA e a uma do Brasil, descritas como líderes por reforçarem relações comerciais, culturais ou econômicas entre os dois países. A cerimônia é um jantar de gala que, em 2017 e 2018, já havia sido realizada no American Museum of Natural History ou Museu Americano de História Natural.

A notícia de que este ano um dos laureados seria Jair Bolsonaro, espalhou-se rapidamente pela cidade de Nova York através do site de notícias, cultura e eventos, Gothamist, com a manchete Brazil’s Far-Right President Jair Bolsonaro To Be Honored At American Museum of Natural History Gala [3]. O museu, por falta de verba para o funcionamento pleno, aluga seus espaços para eventos privados, o que não suspende a sua responsabilidade social como museu. Essas negociações comerciais não necessariamente são do conhecimento do público em geral. Nesse momento, o que se entendia era que o próprio Museu, como instituição que promove o diálogo sobre a evolução do universo, da Terra e suas espécies, e as futuras soluções para a sobrevivência do planeta, iria honrar um homem que está pondo em risco a Floresta Amazônica, seus povos, flora e fauna e assim a humanidade com um todo.

Quando a notícia do prêmio, do jantar de gala no Museu tomou redes sociais, com comentários e posts mostrando revolta de diversos tipos de pessoas, os vários coletivos brasileiros e os coletivos americanos com focos de atuação bem distintos uniram-se para barrar o que parecia ser uma manchete de um mundo distópico. Natália Campos explica que foi uma cadeia de eventos e “sem ela nós não teríamos conseguido tantos aliados” (confira a cronologia dos acontecimentos abaixo). Inicialmente coligaram-se, sob Coalizão #CancelBolsonaro poposto pelo Comitê Defend Democracy in Brazil-NY, os coletivos: Mulheres da Resistência no Exterior, Rise and Resist, Revolting Lesbians, Earth Strike NYC, Extinction Rebellion Amazonia, Rev Billy & Stop Shopping Choir, Alerta NYC, Coletivo Humanas, United Against Racism & Fascism, Metropolitan Anarchist Coordination Council, United Artists & Activists Union, Party for Socialism and Liberation – NY, Reclaim Pride Coalition, com o apoio do senador estadual de Nova York Brad Hoylman e o prefeito da cidade Bill de Blasio. Inúmeros outros indivíduos e coletivos apoiaram as ações, como a Rude Mechanical Orchestra.

Coalisão #CancelBolsonaro/ George Day e Gira Lister Lister

O fenômeno das alianças de tantas bandeiras, contra Jair Bolsonaro passa a ser evidente, considerando que seu discurso de ódio é tão abrangente. Uma das reações diretas de muitas mulheres, que antes não militavam, foi de decidir agir: “senti a necessidade de gritar bem alto que aquele indivíduo não poderia ser eleito, ‘ele não!’ Infelizmente, o resultado foi o que temíamos. E daí continuei com a necessidade de expressar a minha rejeição por ele e tudo que ele representa. Descobrir que gosto de estar nas ruas protestando, segurando cartaz, panfletando, defendendo o que acredito”, conta Zule Houghton membra do coletivo Mulheres da Resistência no Exterior. Natália Campos observa a reação das mulheres há já algum tempo: “Bolsonaro é extremamente misógino e então as mulheres têm uma reação imediata a isso. Desde o #EleNão, mas mesmo antes, desde que os ataques dele como parlamentar ficaram mais evidentes, como nos ataques à Presidente Dilma”.

As alianças amplas mostram-se como uma defesa da democracia a partir do esforço de entender as diversidades complexas de “demo” ou do povo. Uma defesa, portanto, contra a tentativa de padronizar as pessoas, retificando diferenças e costumes, seja pela religião, pela cirurgia plástica ou pela televisão. Retificação que busca instaurar artificialmente um tipo único de cidadãos e de cidadania é altamente antidemocrática. Tampouco não é mais possível pensar na humanidade como fenômeno isolado das outras vidas do planeta. Por isso que necessariamente a imaginação de um futuro “precisa ser ecossocialista, feminista, internacionalista, anticolonial, antirracista e indígena” [4], em outras palavras, a resistência e as reivindicações reais desses ativistas são interseccionais, como em um jogo de colaboração de vários grupos de interesse, no qual ou todos ganham juntos ou todos perdem juntos.

Por isso, que em 2019, é tão evidente, não somente aceitável como necessário, que exista a aliança entre feministas, ecologistas, defensores dos animais, defensores dos direitos LGBT, da luta antirracismo e anticolonial (e a lista de interesses coligados pode crescer com especificidades necessárias: antimanicomial, antiprisional etc). A transformação do mundo para um estado tolerável e tolerante deve acontecer ao mesmo tempo em todas as áreas, e ainda no foco flutuante entre a macro- e micropolítica. Myriam Marques conta-nos: “#CancelBolsonaro influenciou já a moral das pessoas no Brasil. O pessoal no Brasil está tomando tanta paulada que quando a gente faz protestos em Nova York, Paris, em Londres, em Berlim, sinto que tem o maior impacto é na moral das pessoas. Porque as coisas estão muito difíceis, as pessoas estão sofrendo muitas perdas, muitas tristezas, e a luta de resistência no Brasil está muito difícil. Vejo uma conexão direta entre a visibilidade do #CancelBolsonaro e o movimento estudantil, quando viram que políticos de Nova York e outras celebridades como a Cher posicionaram-se contra a vinda de Bolsonaro” e Natália Campos adiciona: “isso ecoou no Brasil, a mensagem de como era importante cancelar essa pessoa, e alinhar os diferentes ativismos. Já nós vimos alguns ecos como o Nordeste Cancela Bolsonaro, e agora o pessoal da França entrou em contato com a gente para fazer uma campanha similar. E o movimento #CancelaMoro, contra a participação dele numa conferência em Estoril, dia 28 de maio, já está crescendo em Portugal. Essa ideia de cancelar essas pessoas, recusar o que elas representam, já está sendo propagada”.

O aspecto da micropolítica está também presente, por exemplo, nas ações do Mulheres da Resistência no Exterior. A escritora indiana G. Spivak [5] já problematizou as relações de subalternidade entre mulheres, principalmente de países colonizados com graves diferenças socioeconômicas, que além do desequilíbrio entre homens e mulheres evidencia as hierarquias históricas entre as próprias mulheres. O grupo Mulheres da Resistência no Exterior busca além das reivindicações do macro de direitos e autonomia, uma prática também no dia a dia de respeito, tolerância e confiança. É possível uma estabilidade entre o incansável posicionamento da presença do corpo e a incansável batalha simbólica e por direitos, principalmente no mundo das redes sociais, entre as próprias mulheres ativistas e nas suas relações com o mundo.

Coalisão #CancelBolsonaro/ George Day e Gira Lister

Conceitos talvez às vezes abstratos na militância de rua, como por exemplo sororidade, precisam ser vivenciados na coexistência dos corpos, cara a cara, nas manifestações de rua, nos encontros presenciais, no trabalhar juntas, nos conflitos, nas divergências. São reais, portanto. Ana Claudia Dias explica: “sororidade sempre foi nosso guia, nossa meta. A proposta foi sempre educar – nos educarmos, juntas. Não há espaço para elitismo intelectual e social e assim conseguimos formar um grupo de mulheres brilhantes. A cada reunião, a cada cafezinho, evento que criamos com base na necessidade da nossa comunidade, a gente vai ampliando essa rede. Cada mulher, com suas histórias, aptidões, ideias e aflições tem um poder imenso no grupo. Nós nos nutrimos juntas, aprendemos juntas e criamos juntas, o que é fundamental para o trabalho de militância. Não há mudança sem questionamento. Não há questionamento sem diálogo. A militância não resiste e não existe sem sororidade”.

A Cadeia de Eventos

Através dos testemunhos de Natália Campos e Myriam Marques preparamos a cronologia dos protestos de 2019 #CancelBolsonaro em Nova York e em Dallas:

Janeiro de 2019. O Comitê Defend Democracy in Brazil – NY que já planejava um protesto no jantar de gala da Brazilcham com grupos ambientalistas americanos, ficou sabendo que o homenageado será Jair Bolsonaro. Houve muitos protestos contra Bolsonaro já em janeiro e fevereiro nos quais vários ambientalistas foram presos, inclusive o protesto que fechou o rinque de patinação do Rockfeller Center. Natália Campos relata: “nós trabalhamos com esses grupos de ativistas americanos em vários níveis. Foi impressionante o apoio deles, aprendemos muito sobre o que é possível ser feito nos protestos. Eles sabem criar um cordão de segurança para proteger os imigrantes que querem se manifestar. É impressionante”.

Dia 11 de abril, quinta-feira. Gothamist publicou o artigo Brazil’s Far-Right President Jair Bolsonaro To Be Honored At American Museum of Natural History Gala.

Dia 12 de abril, sexta-feira. Numa entrevista a rádio WNYC (Rádio Pública de Nova York) perguntou a opinião do Prefeito Bill De Blasio sobre a vinda de Jair Bolsonaro à cidade, que respondeu sentir-se incomodado e que “Bolsonaro é um ser humano perigoso. Na mesma manhã o Comitê Defend Democracy in Brazil – NY, em uma entrevista do Huffington Post, apontou à contradição entre a pauta ambientalista do Museu e as ações de Jair Bolsonaro, um presidente que desmonta os dispositivos de proteção ambiental. Outros grupos, como o Revolting Lesbians, que já protestavam sistematicamente contra o conselho do museu do qual uma das conselheiras, a milionária Rebekah Mercer, nega o aquecimento global e a crise climática, aderiram às vozes de indignação. Houve um protesto na porta do Museu. No fim de dois dias as alianças de grupos ativistas começaram a estabelecer-se sob o nome Coalizão #CancelBolsonaro.

Dia 15 de abril, segunda-feira. Aconteceu outro protesto apoiando cientistas e funcionários do próprio Museu que ameaçavam paralisar os trabalhos. Então o Museu anunciou o cancelamento do aluguel de suas dependências. “O prêmio a Mike Pompeo foi anunciado depois que o Museu Americano de História Natural cancelou o jantar. Na minha opinião, foi uma tentativa de ganhar apoio dos conservadores locais, para neutralizar a posição clara do prefeito democrata De Blasio de que Bolsonaro seria “um ser humano perigoso”, explica Natália Campos.

Dia 20 de abril, sábado. O protesto no Zuccotti Park, conhecido pelos protestos do Occupy Wall St. foi desencadeado pela tentativa de passar o evento para o Cipriani Hall, casa de festas no distrito financeiro. Com a pressão de vários grupos, e principalmente de ambientalistas o evento foi recusado. “Foi nossa segunda vitória”, diz Natália Campos.

Dia 23 de abril, terça-feira. Foi dada a notícia de que o jantar seria hospedado pelo Hotel Marriott Marquis de Times Square. O senador estadual Brad Hoylman, abertamente LGBT, criou um abaixo-assinado para que a comunidade se manifestasse contra o Hotel sediar um prêmio desses numa cidade que celebra a diversidade. Nas primeiras 24h a petição teve 67 mil assinaturas e nos três dias seguintes chegou a 82 mil. O Marriott ignorou os diversos protestos online, a petição, as ameaças de boicote.

Dia 29 de abril, segunda-feira. Foi decidido que haveria protesto na frente do hotel todos os dias até o jantar de gala no dia 14 de maio.

Dia 30 de abril, terça-feira. A linha aérea Delta Airlines anunciou cancelamento do patrocínio do jantar de gala.

Dia 2 de maio, quinta-feira. O jornal Financial Times anunciou cancelamento do patrocínio do jantar de gala.


Dia 3 de maio, sexta-feira à tarde. Veio a notícia de que Jair Bolsonaro havia cancelado a viagem a Nova York, devido aos protestos de diversos grupos, e às declarações do prefeito. “Decidimos mesmo assim continuar os protestos porque o prêmio ainda estava de pé, mesmo na sua ausência”, explica Natália Campos.

Dia 6 de maio, segunda-feira. Jair Bolsonaro decidiu viajar para recebe o prêmio em Dallas. As grandes ONGs Amazon Watch, Greenpeace, Rainforest Foundation, e GLAAD, grupo LGBT que foi instrumental na distribuição da petição do Senador Hoylman, aderiram ao #CancelBolsonaro. “A Amazon Watch foi fundamental para ajudar na organização dos protestos em Dallas, enquanto nós ajudamos a coordenar de Nova York e diversos grupos locais assumiram as ações”, explica Natália Campos.

Dia 14 de maio, terça-feira. Foi o dia do grande protesto contra o jantar de gala no Marriott com João Doria representando Jair Bolsonaro. A mídia americana apareceu em peso para cobrir o protesto incluindo o Financial Times que, dias antes do cancelamento da viagem a Nova York, havia retirado seu patrocínio.

Dia 15 de maio, quarta-feira. O prefeito de Dallas que ainda não havia se manifestado, diante da notícia de que o convite para a viagem de Bolsonaro a Dallas tinha sido feito pela sua prefeitura, desmentiu a notícia. Luciana Kornalewski ressalva: “Não houve convite por parte de ninguém. Não houve agenda. Não houve interesse da parte de nenhum líder politico dos EUA em se reunir com o presidente do maior país da América Latina. Apesar de sentirmos um grande prazer em ver a derrota de Bolsonaro, é triste ver a imagem que o Brasil esta passando para o mundo”.

Dia 16 de maio, quinta-feira. 150 ativistas, com bandeiras diversas, quase todos americanos protestam, contra uns 50 apoiadores do Bolsonaro, na entrega do prêmio em Dallas. Alguns representantes da Brazilcham viajaram de Nova York para o evento.

Zule Houghton relata que foram dois momentos marcantes: “o primeiro foi no nosso 5° dia de protesto no Marriott – quando estávamos finalizando a ação e vimos nas redes notícias de que o Bolsonaro tinha desistido de vir a NY. Tivemos um gosto de vitória, satisfação, dever cumprido. O segundo foi no dia 14, dia do evento no Marriott. Um dos convidados, que estava chegando no hotel, parou na nossa frente, nos olhou com desprezo e nos chamou de fdp. Ali eu vi a cara da elite brasileira com ar de superioridade e arrogância olhando os demais com todo desprezo do mundo. E foi ali que eu também o respondi à altura”.

Referências:

[1] Hoje é o Mulheres Unidas com o Brasil.

[2] Não confundir Brazilcham (Brazilian-American Chamber of Commerce) com Amcham (Câmara de Comércio Americana no Brasil). Amcham distanciou-se do prêmio, em abril de 2019, através de uma nota no seu website AMCHAM Brasil não é a Realizadora do Prêmio ‘Person of the Year’ https://www.amcham.com.br/noticias/amcham-brasil/amcham-brasil-nao-e-a-realizadora-do-premio-person-of-the-year

[3]  ou Presidente do Brasil, da extrema direita, Jair Bolsonaro será honrado no Museu Americano de História Natural http://gothamist.com/2019/04/11/bolsonaro_amnh_gala.php

[4] do Jornal Antijurídico (Coisas Que Você Precisa Saber), dia 14 de maio de 2019.

[5] No texto Quem reivindica a alteridade? Em Tendências e impasses: o feminismo como critica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

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