Tecnologia

Gargalo digital

Com seu novo sistema operacional, a Microsoft passa a disputar a bilionária distribuição online de jogos

Críticas.Newell, da Valve: "O Windows 8 é uma catástrofe para quem lida com PCs"
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Gabe Newell é um engenheiro de 49 anos, ex-funcionário da Microsoft, dono da Valve, uma das maiores distribuidoras digitais de jogos. O serviço de distribuição da empresa, o Steam, tem cerca de 40 milhões de usuários e mais de 1,5 mil jogos. Isso se traduz em uma fatia de quase 55% do mercado, muito acima de rivais como Amazon, GameStop ou a própria Microsoft.

Todos esses números garantem que as opiniões de Newell sobre o mercado de PCs sejam amplificadas. Seus alvos mais recentes são a Microsoft e o sistema Windows 8, com lançamento previsto para outubro. Falando durante uma conferência de desenvolvedores de jogos em Seattle, na quarta-feira 25, ele disse que o Windows 8 “é uma catástrofe para todos que lidam com PCs. Acho que vamos perder algumas das principais companhias que fazem PCs, elas sairão do mercado. E, se isso se tornar realidade, é bom ter opções para se proteger contra qualquer eventualidade”.

A alternativa preferida de Newell é o Linux, sistema operacional do modelo software livre. “Agora queremos assegurar o sucesso do Linux. A nossa percepção é que um dos grandes entraves para uma maior adoção do Linux é a falta de jogos. Acho que muitas pessoas, quando pensam sobre plataformas, não entendem o quanto os jogos são importantes para levar consumidores a comprar e adotar sistemas. E assim vamos trabalhar com o pessoal do Linux para tornar tudo o mais fácil possível.”

Parte do que Newell percebe como atraente no Linux, sua natureza aberta, é contrastada pelas restrições impostas pela Microsoft. Em algumas versões do Windows 8, a única maneira de os usuários poderem comprar um jogo será pela Windows Store embutida no sistema, uma ameaça para empresas como a Valve. “Existe uma forte tentação para fechar a plataforma”, diz o executivo.

A Apple inova


O Mountain Lion, novo sistema operacional da Apple para o Macintosh, foi lançado na quarta-feira 25. Integra o esforço da empresa em mostrar que ela ainda se importa com a divisão de computadores, mesmo que a maior parcela dos lucros da empresa agora se concentre em produtos como o iPhone e o iPad.

O novo sistema é interessante não só pelas novas funções ou melhoramentos, mas pelo que mostra do pensamento da Apple quanto a sistemas operacionais. A versão anterior do sistema, chamada Lion, foi lançada pouco mais de um ano atrás.

A Apple agora almeja lançar atualizações do sistema operacional a cada ano, acabando com a noção de que um novo sistema operacional é algo que merece anos de desenvolvimento. É algo diferente do praticado pela Microsoft. O Windows 8, citado acima, chega mais de três anos depois do Windows 7 e traz grandes mudanças.

Além da evolução rápida, o Mountain Lion traz algumas funções do sistema operacional iOS. As atualizações anuais devem fazer que os dois sistemas fiquem cada vez mais próximos e assim tragam consumidores do iPhone e do iPad para a plataforma Macintosh.

Gabe Newell é um engenheiro de 49 anos, ex-funcionário da Microsoft, dono da Valve, uma das maiores distribuidoras digitais de jogos. O serviço de distribuição da empresa, o Steam, tem cerca de 40 milhões de usuários e mais de 1,5 mil jogos. Isso se traduz em uma fatia de quase 55% do mercado, muito acima de rivais como Amazon, GameStop ou a própria Microsoft.

Todos esses números garantem que as opiniões de Newell sobre o mercado de PCs sejam amplificadas. Seus alvos mais recentes são a Microsoft e o sistema Windows 8, com lançamento previsto para outubro. Falando durante uma conferência de desenvolvedores de jogos em Seattle, na quarta-feira 25, ele disse que o Windows 8 “é uma catástrofe para todos que lidam com PCs. Acho que vamos perder algumas das principais companhias que fazem PCs, elas sairão do mercado. E, se isso se tornar realidade, é bom ter opções para se proteger contra qualquer eventualidade”.

A alternativa preferida de Newell é o Linux, sistema operacional do modelo software livre. “Agora queremos assegurar o sucesso do Linux. A nossa percepção é que um dos grandes entraves para uma maior adoção do Linux é a falta de jogos. Acho que muitas pessoas, quando pensam sobre plataformas, não entendem o quanto os jogos são importantes para levar consumidores a comprar e adotar sistemas. E assim vamos trabalhar com o pessoal do Linux para tornar tudo o mais fácil possível.”

Parte do que Newell percebe como atraente no Linux, sua natureza aberta, é contrastada pelas restrições impostas pela Microsoft. Em algumas versões do Windows 8, a única maneira de os usuários poderem comprar um jogo será pela Windows Store embutida no sistema, uma ameaça para empresas como a Valve. “Existe uma forte tentação para fechar a plataforma”, diz o executivo.

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O Mountain Lion, novo sistema operacional da Apple para o Macintosh, foi lançado na quarta-feira 25. Integra o esforço da empresa em mostrar que ela ainda se importa com a divisão de computadores, mesmo que a maior parcela dos lucros da empresa agora se concentre em produtos como o iPhone e o iPad.

O novo sistema é interessante não só pelas novas funções ou melhoramentos, mas pelo que mostra do pensamento da Apple quanto a sistemas operacionais. A versão anterior do sistema, chamada Lion, foi lançada pouco mais de um ano atrás.

A Apple agora almeja lançar atualizações do sistema operacional a cada ano, acabando com a noção de que um novo sistema operacional é algo que merece anos de desenvolvimento. É algo diferente do praticado pela Microsoft. O Windows 8, citado acima, chega mais de três anos depois do Windows 7 e traz grandes mudanças.

Além da evolução rápida, o Mountain Lion traz algumas funções do sistema operacional iOS. As atualizações anuais devem fazer que os dois sistemas fiquem cada vez mais próximos e assim tragam consumidores do iPhone e do iPad para a plataforma Macintosh.

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