Tecnologia

Faça amor e não pornografia, diz publicitária em missão para tornar o sexo mais erótico

Cindy Gallop está montando um site erótico como antídoto às imagens sexuais “hardcore”

Cindy Gallop quer reduzir a pornografia no sexo. Foto: Divulgação
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Por Joanna Walters

Uma mulher de negócios britânica formada em Oxford decidiu desafiar a “assustadora onipresença” da pornografia “barra-pesada” lançando um estilo elevado de vídeos adultos que ela acredita será o instrumento de educação sexual do futuro.

Cindy Gallop, 52 anos, afirma que muita gente — em particular os rapazes — está aprendendo técnicas sexuais principalmente assistindo pornografia pesada na Internet, o que os torna amantes sem consideração. Ela pretende “reformar a pornografia” e “reabilitar” a geração mais jovem com uma campanha alternativa a favor do erotismo de bom gosto.

“Quando você faz sexo com homens mais jovens, vê a assustadora onipresença da pornografia pesada na cultura, em uma era em que ela está mais disponível que nunca e os garotos a acessam cada vez mais jovens”, disse Gallop.

Em seu novo site, MakeLoveNotPorn.tv, ela tenta oferecer uma alternativa à pornografia hardcore porque acredita que os pais e professores de educação sexual ainda dão muito pouca orientação sobre como desenvolver relacionamentos sexuais saudáveis.

Entusiasticamente solteira e sem vergonha de sair com homens com menos da metade de sua idade, Gallop veste conjuntos pretos justos, frequenta festas glamurosas e não se intimida em corrigir seus jovens amantes agressivos. “Eu saio com rapazes, muitas vezes de 20 e poucos anos, e estou descobrindo que a pornografia pesada se tornou sua educação sexual de fato.”

Agora ela está levando seu treinamento ao próximo nível e pretende reeducar as pessoas através da Internet, “para que os jovens não pensem que essa é sempre a maneira normal de se comportar na cama e suas namoradas não tenham de fingir que gostam”.

Seu site apresenta casais e indivíduos envolvidos em atividades sexuais na vida real, com o tipo de paixão e intimidade verdadeiras que não se encontram na maior parte da pornografia. “Eu quis separar os mitos da pornografia hardcore da realidade dos relacionamentos sexuais quentes e saudáveis”, ela disse.

Nascida em Londres de pai inglês e mãe chinesa, Cindy Gallop estudou literatura inglesa no Somerville College, em Oxford, e depois entrou na publicidade. Em 1998 mudou-se para Nova York, onde ainda mora, para lançar o escritório americano da agência britânica Bartle Bogle Hegarty. Depois de 27 anos no ramo, ela tornou-se consultora e atualmente trabalha com a marca de produtos de beleza L’Oréal.

MakeLoveNotPorn.tv ainda está em fase de desenvolvimento e só dá acesso a convidados, enquanto Gallop trabalha selecionando o melhor conteúdo e aparando detalhes técnicos. “Cerca de 18 mil pessoas já se inscreveram até agora, e as estamos convidando em lotes de 500 a mil, enquanto aperfeiçoamos o site”, ela disse.

Os pedidos de adesão chegam do mundo todo e o site deverá entrar no ar totalmente até o fim do ano. Os membros convidados pagam US$ 5 por vídeo escolhido no menu, e colaboradores que estrelam seus próprios shows eróticos apresentam vídeos para inclusão no site.

Gallop diz que mantém padrões elevados e que não faltaram colaboradores de qualidade. Um vídeo popular mostra um casal que trabalha no ramo de pornografia, mas para o site eles mostram como fazem amor fora do trabalho. Seu encontro é um acasalamento aberto e desinibido, mas íntimo e comunicativo, com algumas risadas, e cada parceiro desfruta igualmente o prazer e o controle.

A autora feminista Tristan Taormino, que realiza filmes “pornô educacionais” em Nova York e paga a atores profissionais para estrelar seus vídeos na empresa pornô Vivid, disse: “O que Cindy está fazendo é fantástico. Quanto mais melhor. Homens e mulheres acessam meus filmes, e também é importante que eles saibam que não precisam ser como os caras no material barra-pesada — sempre prontos, sempre sabendo exatamente o que fazer, isso pode ser opressivo para eles também”.

Gallop descobriu o conceito de MakeLoveNotPorn em 2009, fez uma palestra sobre o assunto na TED, uma organização dedicada a disseminar ideias, e lançou um protótipo. Mas levou dois anos para que um investidor fornecesse os US$ 500 mil necessários para continuar, porque apesar da promessa de retornos lucrativos os capitalistas de risco “não queriam tocar nisso”, disse Gallop. Ela quase desistiu, mas a enxurrada de e-mails do público agradecendo-lhe por quebrar tabus a inspirou a seguir em frente, ela disse.

MakeLoveNotPorn.tv é legal e só para maiores de 18 anos, mas Gallop pretende criar cupons de presente que podem ser comprados para adolescentes. “Eles estão acessando a pornografia online de qualquer modo, e o que veem no meu site é uma forma de educação sexual muito mais saudável”, ela disse.

Por Joanna Walters

Uma mulher de negócios britânica formada em Oxford decidiu desafiar a “assustadora onipresença” da pornografia “barra-pesada” lançando um estilo elevado de vídeos adultos que ela acredita será o instrumento de educação sexual do futuro.

Cindy Gallop, 52 anos, afirma que muita gente — em particular os rapazes — está aprendendo técnicas sexuais principalmente assistindo pornografia pesada na Internet, o que os torna amantes sem consideração. Ela pretende “reformar a pornografia” e “reabilitar” a geração mais jovem com uma campanha alternativa a favor do erotismo de bom gosto.

“Quando você faz sexo com homens mais jovens, vê a assustadora onipresença da pornografia pesada na cultura, em uma era em que ela está mais disponível que nunca e os garotos a acessam cada vez mais jovens”, disse Gallop.

Em seu novo site, MakeLoveNotPorn.tv, ela tenta oferecer uma alternativa à pornografia hardcore porque acredita que os pais e professores de educação sexual ainda dão muito pouca orientação sobre como desenvolver relacionamentos sexuais saudáveis.

Entusiasticamente solteira e sem vergonha de sair com homens com menos da metade de sua idade, Gallop veste conjuntos pretos justos, frequenta festas glamurosas e não se intimida em corrigir seus jovens amantes agressivos. “Eu saio com rapazes, muitas vezes de 20 e poucos anos, e estou descobrindo que a pornografia pesada se tornou sua educação sexual de fato.”

Agora ela está levando seu treinamento ao próximo nível e pretende reeducar as pessoas através da Internet, “para que os jovens não pensem que essa é sempre a maneira normal de se comportar na cama e suas namoradas não tenham de fingir que gostam”.

Seu site apresenta casais e indivíduos envolvidos em atividades sexuais na vida real, com o tipo de paixão e intimidade verdadeiras que não se encontram na maior parte da pornografia. “Eu quis separar os mitos da pornografia hardcore da realidade dos relacionamentos sexuais quentes e saudáveis”, ela disse.

Nascida em Londres de pai inglês e mãe chinesa, Cindy Gallop estudou literatura inglesa no Somerville College, em Oxford, e depois entrou na publicidade. Em 1998 mudou-se para Nova York, onde ainda mora, para lançar o escritório americano da agência britânica Bartle Bogle Hegarty. Depois de 27 anos no ramo, ela tornou-se consultora e atualmente trabalha com a marca de produtos de beleza L’Oréal.

MakeLoveNotPorn.tv ainda está em fase de desenvolvimento e só dá acesso a convidados, enquanto Gallop trabalha selecionando o melhor conteúdo e aparando detalhes técnicos. “Cerca de 18 mil pessoas já se inscreveram até agora, e as estamos convidando em lotes de 500 a mil, enquanto aperfeiçoamos o site”, ela disse.

Os pedidos de adesão chegam do mundo todo e o site deverá entrar no ar totalmente até o fim do ano. Os membros convidados pagam US$ 5 por vídeo escolhido no menu, e colaboradores que estrelam seus próprios shows eróticos apresentam vídeos para inclusão no site.

Gallop diz que mantém padrões elevados e que não faltaram colaboradores de qualidade. Um vídeo popular mostra um casal que trabalha no ramo de pornografia, mas para o site eles mostram como fazem amor fora do trabalho. Seu encontro é um acasalamento aberto e desinibido, mas íntimo e comunicativo, com algumas risadas, e cada parceiro desfruta igualmente o prazer e o controle.

A autora feminista Tristan Taormino, que realiza filmes “pornô educacionais” em Nova York e paga a atores profissionais para estrelar seus vídeos na empresa pornô Vivid, disse: “O que Cindy está fazendo é fantástico. Quanto mais melhor. Homens e mulheres acessam meus filmes, e também é importante que eles saibam que não precisam ser como os caras no material barra-pesada — sempre prontos, sempre sabendo exatamente o que fazer, isso pode ser opressivo para eles também”.

Gallop descobriu o conceito de MakeLoveNotPorn em 2009, fez uma palestra sobre o assunto na TED, uma organização dedicada a disseminar ideias, e lançou um protótipo. Mas levou dois anos para que um investidor fornecesse os US$ 500 mil necessários para continuar, porque apesar da promessa de retornos lucrativos os capitalistas de risco “não queriam tocar nisso”, disse Gallop. Ela quase desistiu, mas a enxurrada de e-mails do público agradecendo-lhe por quebrar tabus a inspirou a seguir em frente, ela disse.

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