Sociedade

Estádio da Chapecoense é palco de homenagem a vítimas de tragédia

Corpos de atletas, dirigentes e integrantes da comissão técnica são recebidos na Arena Condá. Após críticas, Temer decide comparecer

Apoie Siga-nos no

A forte chuva em Chapecó não espantou os milhares de torcedores da Chapecoense que aguardavam emocionados a chegada dos corpos das vítimas do acidente aéreo na Colômbia na manhã deste sábado 3. Os caixões chegaram por volta das 12h25 à Arena Condá, o estádio do clube, após um cortejo que percorreu as ruas da cidade.

Cobertos com uma bandeira branca com o escudo verde do clube, os 50 caixões contendo os corpos dos jogadores, dirigentes e membros da comissão técnica da Chapecoense foram desembarcados dos aviões da Força Aérea Brasileira no aeroporto de Chapecó pela manhã.

O presidente Michel Temer; o embaixador da Colômbia, Alejandro Borda; autoridades locais e familiares das vítimas esperavam os caixões. Apesar de a informação inicial do Palácio do Planalto ser de que ele iria apenas ao aeroporto, Temer decidiu participar do velório coletivo na Arena Condá.

Após honras militares no aeroporto, quatro caminhões levaram os corpos até o estádio, onde desde as primeiras horas da manhã torcedores se concentravam para se despedirem de seus ídolos. Cada um dos caixões que chegaram ao estádio foram recebidos com uma salva de palmas.

“Força, Chape”

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, discursou vestindo a camisa do time colombiano Atlético Nacional, com o qual a Chapecoense disputaria a final da Copa Sul-Americana na última quarta-feira, em Medellín. Após o desastre, o Atlético Nacional defendeu que o título do torneio seja entregue para o clube catarinense. Ao ser mencionado pelo prefeito, Temer não foi aplaudido nem vaiado.

Além de Temer, estavam presentes no estádio para a cerimônia de homenagem às vítimas da Chapecoense uma série de autoridades do mundo do esporte, como o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, e o presidente da Fifa, Gianni Infantino. Infantino fez um breve discurso em português. “Força Chape. Somos todos brasileiros, somos todos Chapecoense”, disse.

No encerramento da cerimônia, que durou por volta de duas horas e meia, parentes de 50 vítimas do acidente aéreo caminharam pelo gramado do estádio, com cartazes e camisas dos jogadores. Então, os torcedores cantaram juntos “Vamo, vamo, Chape”, grito comum durante os jogos do time.

Desde terça-feira, os arredores da Arena Condá se transformaram num memorial improvisado, onde amigos e moradores colocam mensagens de agradecimento aos jogadores que levaram o clube de Santa Catarina à sua primeira final internacional. 

A Chapecoense perdeu a maioria de seus jogadores e de sua comissão técnica após a queda do avião que transportava a equipe para Medellín. O desastre com o avião da companhia aérea boliviana LaMia, que havia partido de Santa Cruz de La Sierra, deixou 71 mortos. Entre os seis sobreviventes estão os jogadores Alan Ruschel, Jackson Follmann e Hélio Zampier Neto.

DW

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar