Política

Serra diz que deixou prefeitura para impedir vitória do PT no Estado

Temendo rejeição, candidato do PSDB diz que abandonou mandato porque “o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT”. Agora, promete cumprir os quatro anos no cargo

Serra faz campanha em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Foto: Divulgação
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O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, gastou mais de dois minutos no horário eleitoral desta segunda-feira 3 tentando justificar a sua saída da prefeitura em 2006. Eleito pelos paulistanos em 2004, Serra abandonou seu mandato antes da metade para ser candidato a governador, deixando o seu vice, Gilberto Kassab (então no PFL), em seu lugar. A saída é considerada, inclusive pela campanha de Serra, um dos fatores que faz sua taxa de rejeição na cidade chegar a 43% segundo números do Datafolha.

“Vira e mexe me perguntam na rua. ‘Serra, se você ganhar, vai ficar os quatro anos?’ Eu vim aqui hoje para esclarecer essa questão,” disse o candidato no programa levado ao ar nesta segunda. De acordo com ele, as contas municipais de São Paulo estavam quebradas pela gestão de Marta Suplicy (PT) e ele não queria que o mesmo ocorresse com o Estado. “O governador Alckmin não podia mais se reeleger e o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT, jogando fora a recuperação que vinha desde os tempos do Covas. Por isso, eu fui para a disputa de governador”, disse Serra.

Na eleição de 2004, diante dos boatos de que deixaria a prefeitura para se candidatar dois anos depois, Serra chegou a assinar um documento em que se comprometia a cumprir todo o mandato. Hoje, ele diz tal documento não tinha validade. Nesta segunda-feira, como fez na campanha anterior, o tucano tentou dar uma nova garantia no horário eleitoral. “Vou ficar o mandato inteiro e dar o melhor de mim”, disse o candidato.

Os adversários lembraram o fato nos seus horários eleitorais. Fernando Haddad (PT), por exemplo, falou disso no seu primeiro programa, ao afirmar que “São Paulo não quer mais prefeito de meio mandato, nem de meio expediente”. O “meio mandato” era uma referência a Serra, enquanto o “meio expediente” era um ataque a Gilberto Kassab, muito criticado por dividir suas tarefas como prefeito com a criação de seu novo partido, o PSD.

No seu programa desta segunda, Serra falou diretamente da saída da prefeitura pela primeira vez. A campanha do tucano atribuiu parte do aumento da sua rejeição ao fato dele não ter cumprido seu mandato na prefeitura. Na última pesquisa Datafolha, o índice de eleitores que não votariam em Serra “de jeito nenhum” alcançou 43%, o maior entre todos os candidatos. Até hoje, ninguém conseguiu a prefeitura de São Paulo com uma rejeição tão alta. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, depoimentos de Serra sobre a saída da prefeitura já estavam prontos antes do início do horário eleitoral e vídeos diferentes foram submetidas a pesquisas qualitativas para saber qual deles teria melhor aceitação do público.

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, gastou mais de dois minutos no horário eleitoral desta segunda-feira 3 tentando justificar a sua saída da prefeitura em 2006. Eleito pelos paulistanos em 2004, Serra abandonou seu mandato antes da metade para ser candidato a governador, deixando o seu vice, Gilberto Kassab (então no PFL), em seu lugar. A saída é considerada, inclusive pela campanha de Serra, um dos fatores que faz sua taxa de rejeição na cidade chegar a 43% segundo números do Datafolha.

“Vira e mexe me perguntam na rua. ‘Serra, se você ganhar, vai ficar os quatro anos?’ Eu vim aqui hoje para esclarecer essa questão,” disse o candidato no programa levado ao ar nesta segunda. De acordo com ele, as contas municipais de São Paulo estavam quebradas pela gestão de Marta Suplicy (PT) e ele não queria que o mesmo ocorresse com o Estado. “O governador Alckmin não podia mais se reeleger e o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT, jogando fora a recuperação que vinha desde os tempos do Covas. Por isso, eu fui para a disputa de governador”, disse Serra.

Na eleição de 2004, diante dos boatos de que deixaria a prefeitura para se candidatar dois anos depois, Serra chegou a assinar um documento em que se comprometia a cumprir todo o mandato. Hoje, ele diz tal documento não tinha validade. Nesta segunda-feira, como fez na campanha anterior, o tucano tentou dar uma nova garantia no horário eleitoral. “Vou ficar o mandato inteiro e dar o melhor de mim”, disse o candidato.

Os adversários lembraram o fato nos seus horários eleitorais. Fernando Haddad (PT), por exemplo, falou disso no seu primeiro programa, ao afirmar que “São Paulo não quer mais prefeito de meio mandato, nem de meio expediente”. O “meio mandato” era uma referência a Serra, enquanto o “meio expediente” era um ataque a Gilberto Kassab, muito criticado por dividir suas tarefas como prefeito com a criação de seu novo partido, o PSD.

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