Política

Serra e Haddad não preveem doações online

Sem arrecadaçao de pessoas físicas pela internet, políticos mais uma vez deverão sucesso em eleição a poucas empresas.

Site de Fernando Haddad não terá ferramenta de arrecadação online. Foto: Reprodução
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Dois dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo deste ano, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) começam a campanha eleitoral sem previsão de arrecadar dinheiro com a ajuda de eleitores pela internet. Os petistas descartam completamente a ferramenta, e os tucanos ainda não tem previsão de fazê-lo.

Sem essas arrecadações, as eleições municipais neste ano devem seguir a lógica de sempre. Ou seja: poucos doadores serão responsáveis pela maior parte do dinheiro que circula na eleição, a maioria grandes empresas com interesses em contratos públicos. A possibilidade de eleitores doarem dinheiro aos candidatos de forma fácil pela internet poderia descentralizar as doações e minar o controle de poucas empresas sobre os políticos.  Mas a tentativa no Brasil foi um fracasso.

A arrecadação online existe em lei desde a reforma eleitoral de 2009. A campanha de Barack Obama à presidência dos EUA foi a grande inspiração na criação da nova regra.  Ele arrecadou o equivalente a 627 milhões reais de pessoas físicas nas eleições de 2008.

Mas nas eleições brasileiras de 2010 ninguém conseguiu imitar Obama. A arrecadação dos candidatos à presidência na internet totalizou 347 mil reais – menos de um milésimo do dinheiro que Obama conseguiu. O fracasso mais aparente foi o de Marina Silva (PV). Pregando uma política nova e mais próxima do eleitor, ela esperava arrecadar 15 milhões de reais. Conseguiu aproximadamente um centésimo do desejado: 169 mil reais.

Há vários motivos para a arrecadação não ter funcionado em 2010, apesar do processo existir em vários países e ser plenamente viável com a atual tecnologia. A burocracia é um deles: a lei e as resoluções do tribunal complicaram a implantação do sistema, dificultando os contratos entre operadoras de cartão e candidatos. A falta de empenho dos políticos é outro fator: ninguém usou horário eleitoral para pedir dinheiro aos eleitores.

Diante do resultado pífio da última eleição, dois dos principais candidatos na maior cidade do país acham que o empenho e o dinheiro gastos não valem a pena. Desta forma, segue-se a lógica desalentadora na qual as mesmas empresas bancam a eleição e ganham uma brecha para, mais tarde, cobrar a fatura.

Dois dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo deste ano, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) começam a campanha eleitoral sem previsão de arrecadar dinheiro com a ajuda de eleitores pela internet. Os petistas descartam completamente a ferramenta, e os tucanos ainda não tem previsão de fazê-lo.

Sem essas arrecadações, as eleições municipais neste ano devem seguir a lógica de sempre. Ou seja: poucos doadores serão responsáveis pela maior parte do dinheiro que circula na eleição, a maioria grandes empresas com interesses em contratos públicos. A possibilidade de eleitores doarem dinheiro aos candidatos de forma fácil pela internet poderia descentralizar as doações e minar o controle de poucas empresas sobre os políticos.  Mas a tentativa no Brasil foi um fracasso.

A arrecadação online existe em lei desde a reforma eleitoral de 2009. A campanha de Barack Obama à presidência dos EUA foi a grande inspiração na criação da nova regra.  Ele arrecadou o equivalente a 627 milhões reais de pessoas físicas nas eleições de 2008.

Mas nas eleições brasileiras de 2010 ninguém conseguiu imitar Obama. A arrecadação dos candidatos à presidência na internet totalizou 347 mil reais – menos de um milésimo do dinheiro que Obama conseguiu. O fracasso mais aparente foi o de Marina Silva (PV). Pregando uma política nova e mais próxima do eleitor, ela esperava arrecadar 15 milhões de reais. Conseguiu aproximadamente um centésimo do desejado: 169 mil reais.

Há vários motivos para a arrecadação não ter funcionado em 2010, apesar do processo existir em vários países e ser plenamente viável com a atual tecnologia. A burocracia é um deles: a lei e as resoluções do tribunal complicaram a implantação do sistema, dificultando os contratos entre operadoras de cartão e candidatos. A falta de empenho dos políticos é outro fator: ninguém usou horário eleitoral para pedir dinheiro aos eleitores.

Diante do resultado pífio da última eleição, dois dos principais candidatos na maior cidade do país acham que o empenho e o dinheiro gastos não valem a pena. Desta forma, segue-se a lógica desalentadora na qual as mesmas empresas bancam a eleição e ganham uma brecha para, mais tarde, cobrar a fatura.

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