Política

PT lança Haddad em São Paulo apostando na ‘renovação’

Lula reconhece que candidato “não é conhecido” e aposta nos eleitores que não costumam votar no PT

Haddad e Lula durante evento em São Paulo. Foto: Divulgação / Instituto Lula
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O PT confirmou neste sábado 2 a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo tentando atrelá-lo à ideia de renovação. A indicação da candidatura de Haddad foi aceita por aclamação pelos delegados petistas presentes ao evento, realizado na zona norte da cidade. “São Paulo quer mudanças, quer o novo, mas o quer o novo com expriência, o novo já testado em grandes desafios”, disse Haddad em seu discurso.

O pré-candidato afirmou que a vida do paulistano nos últimos anos “melhorou dentro de casa e piorou da porta da rua para fora”. Segundo Haddad, isso teria ocorrido porque São Paulo teve recentemente “algumas das administrações mais medíocres de sua história” enquanto as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff trouxeram “melhorias” para a vida do brasileiro.

Durante seu discurso, o ex-presidente Lula amenizou o resultado ruim de Haddad nas pesquisas eleitorais divulgadas até aqui. Segundo Lula, o desempenho de Haddad nas pesquisas só mostra que ele ainda não é conhecido. Para Lula, Haddad não deve ter dificuldades para angariar os votos “típicos” do PT na cidade. O ex-presidente disse que o desafio do PT é encontrar o mote e o discurso para falar não apenas com os “30 ou 35% do eleitorado” que já votam com o partido, mas também com os que ainda “teimam” em votar no PT. Lula também criticou o pré-candidato do PSDB, José Serra, sem citar o nome dele, afirmando que ele “abandonou” São Paulo por duas vezes.

O primeiro material da prá-campanha de Haddad foi apresentado no encontro. O slogan será “um homem novo para um tempo novo”. O principal símbolo do candidato é uma grande letra “H” com uma estrela no centro. O jingle também fala da renovação, com o refrão “Haddad, um novo homem para essa cidade”. Apesar do refrão melódico, a música se torna um rap que enumera bairros da cidade.

Grandes fotos representando a multiplicidade étnica de São Paulo adornavam o lugar. Elas continham frases que usavam linguagem típica da internet, como o símbolo de “curtir” do Facebook, “hashtags” do Twitter e “emoticons”, além de frases como “Inova, renova e se liga, curtiu?”. A campanha é feita pelo marqueteiro João Santana, principal responsável pela imagem do partido desde a campanha de Lula em 2006.

Lançamento sem alianças

O pré-candidato do PT ainda não possui nenhuma aliança confirmada com outros partidos. No evento estiveram presentes integrantes de partidos sondados pelo PT, como o presidente do PCdoB municipal, Wander Geraldo, e vereadores do PSB. Como mostrou reportagem de CartaCapital, as indefinições envolvendo as candidaturas petistas no Recife e em Fortaleza dificultaram as negociações com o PSB na capital paulista. O PCdoB também condiciona a aliança ao apoio do PT para Manuela D’ Ávila em Porto Alegre, mas o núcleo gaúcho do partido resiste à ideia de não lançar candidato próprio na cidade.

Nesta semana, as negociações podem ter um avanço, já que é esperada a chegada do governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, a São Paulo. Ele deve conversar com Lula.

Marta ausente

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, hoje senadora, não esteve presente no evento. Marta tinha desejo de concorrer à prefeitura, mas foi preterida em favor de Haddad numa manobra de Lula. Apesar da ausência, Haddad elogiou Marta em seu discurso. Ele disse que prefeita, em pouco tempo, “tirou São Paulo do caos, reergueu a cidade e inaugurou uma nova forma de governar”.

O PT confirmou neste sábado 2 a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo tentando atrelá-lo à ideia de renovação. A indicação da candidatura de Haddad foi aceita por aclamação pelos delegados petistas presentes ao evento, realizado na zona norte da cidade. “São Paulo quer mudanças, quer o novo, mas o quer o novo com expriência, o novo já testado em grandes desafios”, disse Haddad em seu discurso.

O pré-candidato afirmou que a vida do paulistano nos últimos anos “melhorou dentro de casa e piorou da porta da rua para fora”. Segundo Haddad, isso teria ocorrido porque São Paulo teve recentemente “algumas das administrações mais medíocres de sua história” enquanto as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff trouxeram “melhorias” para a vida do brasileiro.

Durante seu discurso, o ex-presidente Lula amenizou o resultado ruim de Haddad nas pesquisas eleitorais divulgadas até aqui. Segundo Lula, o desempenho de Haddad nas pesquisas só mostra que ele ainda não é conhecido. Para Lula, Haddad não deve ter dificuldades para angariar os votos “típicos” do PT na cidade. O ex-presidente disse que o desafio do PT é encontrar o mote e o discurso para falar não apenas com os “30 ou 35% do eleitorado” que já votam com o partido, mas também com os que ainda “teimam” em votar no PT. Lula também criticou o pré-candidato do PSDB, José Serra, sem citar o nome dele, afirmando que ele “abandonou” São Paulo por duas vezes.

O primeiro material da prá-campanha de Haddad foi apresentado no encontro. O slogan será “um homem novo para um tempo novo”. O principal símbolo do candidato é uma grande letra “H” com uma estrela no centro. O jingle também fala da renovação, com o refrão “Haddad, um novo homem para essa cidade”. Apesar do refrão melódico, a música se torna um rap que enumera bairros da cidade.

Grandes fotos representando a multiplicidade étnica de São Paulo adornavam o lugar. Elas continham frases que usavam linguagem típica da internet, como o símbolo de “curtir” do Facebook, “hashtags” do Twitter e “emoticons”, além de frases como “Inova, renova e se liga, curtiu?”. A campanha é feita pelo marqueteiro João Santana, principal responsável pela imagem do partido desde a campanha de Lula em 2006.

Lançamento sem alianças

O pré-candidato do PT ainda não possui nenhuma aliança confirmada com outros partidos. No evento estiveram presentes integrantes de partidos sondados pelo PT, como o presidente do PCdoB municipal, Wander Geraldo, e vereadores do PSB. Como mostrou reportagem de CartaCapital, as indefinições envolvendo as candidaturas petistas no Recife e em Fortaleza dificultaram as negociações com o PSB na capital paulista. O PCdoB também condiciona a aliança ao apoio do PT para Manuela D’ Ávila em Porto Alegre, mas o núcleo gaúcho do partido resiste à ideia de não lançar candidato próprio na cidade.

Nesta semana, as negociações podem ter um avanço, já que é esperada a chegada do governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, a São Paulo. Ele deve conversar com Lula.

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