Política

PSDB tenta manter hegemonia nas principais cidades do interior

Nas 11 maiores cidades, o partido elegeu 5 prefeitos e, neste ano, lidera em 3. PT tem chance de vencer no 1º turno em São José dos Campos

Apoiado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), Jonas Donizete (PSB) é o favorito à prefeitura de Campinas. Foto: divulgação
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Juntas, as 11 cidades do interior paulista onde pode haver segundo turno reúnem 5.261.581 milhões de habitantes. O desempenho dos partidos nessas localidades, sedes econômicas a influenciar centenas de municípios do entorno, ajuda a explicar como o eleitorado paulista consegue eleger em primeiro turno um governador que, dois anos antes, não chegou sequer ao segundo turno da disputa para prefeito da capital, caso de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2010.

De acordo com os levantamentos mais recentes, não há nestas cidades um partido hegemônico em 2012. O PSDB, que elegeu cinco prefeitos em 2008, agora lidera em três municípios; o PMDB, o PSB e o estreante PSD, em dois; o PT e o PP, em uma cidade cada.

Já é possível, porém, apontar os principais derrotados em relação às últimas eleições. O PDT, que em 2008 elegeu dois prefeitos (entre eles o de Campinas, que caiu por suspeita de corrupção), não lidera em nenhum cenário dessas cidades. Quem também deixou de figurar entre os favoritos é o DEM, que perdeu a única prefeita eleita do grupo, a ribeirão-pretana Dárcy Vera, para o PSD, legenda criada por Gilberto Kassab.

Cinco cidades têm chances altas de decidir a eleição logo no primeiro turno. Em Bauru, o jovem prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), com menos de 34 anos, deve ser reeleito com uma vantagem esmagadora. Com uma coligação que reúne 14 partidos, do PP ao PT, passando pelo PR, ele aparece com 72% das intenções de voto na última pesquisa Ibope; o segundo colocado, Clodoaldo Gazzetta (PV), soma apenas 9%.

Em São José do Rio Preto, o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) é o favorito para a reeleição. Na última pesquisa Ibope, feita em agosto, ele aparecia com mais que o dobro das intenções do principal rival, o petista João Paulo Rillo. O terceiro colocado era Manoel Antunes, do PDT. Juntos, eles não atingiriam a soma dos votos de Lopes (44% contra 29%).

São José dos Campos é a cidade onde o PT desponta com mais chances de eleger um prefeito numa grande cidade do interior. Marcado pela desastrosa retirada de milhares de famílias do bairro Pinheirinho, após uma polêmica reintegração de posse cumprida por meio da força policial articulada pelos governos tucanos local e estadual, o município tem agora como líder na disputa o petista Carlinhos Almeida, com 50% das intenções de voto, de acordo com a última pesquisa Ibope. Seu principal rival é o tucano Alexandre Blanco, que soma 24%.

Em Piracicaba, em compensação, o PSDB deve eleger o sucessor de Barjas Negri. O tucano Gabriel Ferrato tem 37% das intenções de voto, mais do que a soma de Roberto Felício (PT), Dilmo dos Santos (PV) e Wilson Trindade (PHS) juntos – 12%, 11% e 3%, respectivamente. Os demais não têm mais de 1%.

Em Jundiaí, o PSDB, partido do atual prefeito, Miguel Haddad, lidera com Luiz Fernando Machado, com 39%. Pedro Bigardi (PC do B) é o segundo, com 29%. O terceiro colocado, Dr. Cláudio Miranda (PMDB), tem 5%. O cenário, captado pelo Ibope em agosto, deixa a eleição no limite de ser decidida ainda no primeiro turno, tradição no município.

O candidato tucano em Taubaté, Ortiz Júnior, também aparece como favorito nas pesquisas, com mais de 40%. Na cola dele, porém, aparecem os candidatos Padre Afonso (PV), Mario Ortiz (PSD) e Isaac do Carmo (PT). Todos somam mais de 10%, o que promete embolar a disputa até o fim do primeiro turno.

Nas outras cidades as chances de haver segundo turno são altas. É o caso de Campinas, a maior cidade do interior onde o PT apostou suas fichas em Marcio Pochmann, professor da Unicamp e ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). O líder das pesquisas ainda é Jonas Donizette (PSB), candidato apoiado pelo PSDB do governador Geraldo Alckmin, principal cabo eleitoral da disputa, embora a margem sobre os rivais tenha caído nas pesquisas recentes – de 50% para 42% na última. Pochmann tem hoje 18% das intenções de voto (tinha 8% no começo da disputa) e está à frente do atual prefeito, Pedro Serafim (PDT), que assumiu o cargo após as quedas de Doutor Hélio (PDT) e Demétrio Vilagra (PT), ambos envolvidos em caso de corrupção na cidade.

Uma das disputas mais emboladas é a de Franca, onde nada menos do que quatro candidatos figuram com mais de dez por cento dos votos. A líder nas pesquisas é a Delegada Graciela, do PP. No último levantamento do Ibope ela aparece com 32% das intenções de voto, seguida por Alexandre Ferreira (PSDB), com 27%, Marco Aurélio Ubiali (PSB), com 15% e Gilson Pelizaro (PT), com 10%.

Em Ribeirão Preto, a atual prefeita, Dárcy Vera (eleita pelo DEM e hoje no PSD) é a favorita na corrida eleitoral, mas não teria vantagem suficiente para vencer logo no primeiro turno. Em pesquisa Ibope feia em agosto, ela aparecia com 36%, seguida por Duarte Nogueira (PSDB), com 24%, e João Grandini (PT), com 12%, e Fernando Chiarelli (PT do B), com 5%.

Em Limeira, quem despontava como favorito na última pesquisa (do instituto Solis) era Lusenrique Quintal, do PSD, com quase 30% das intenções. Atrás dele apareciam Paulo Hadich (PSB), Eliseu Daniel (DEM) e Kléber Leite (PTB), todos entre 9% a 16%.

Em Sorocaba, PMDB e PSDB dividem o favoritismo com Renato Amary e Pannuzio. Com 30% das intenções cada, segundo pesquisa do Instituto Solis do fim de agosto. Iara Bernardi, do PT, e Raul Marcelo, do PSOL, corriam por fora, com 11,4% e 9,3%.

Juntas, as 11 cidades do interior paulista onde pode haver segundo turno reúnem 5.261.581 milhões de habitantes. O desempenho dos partidos nessas localidades, sedes econômicas a influenciar centenas de municípios do entorno, ajuda a explicar como o eleitorado paulista consegue eleger em primeiro turno um governador que, dois anos antes, não chegou sequer ao segundo turno da disputa para prefeito da capital, caso de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2010.

De acordo com os levantamentos mais recentes, não há nestas cidades um partido hegemônico em 2012. O PSDB, que elegeu cinco prefeitos em 2008, agora lidera em três municípios; o PMDB, o PSB e o estreante PSD, em dois; o PT e o PP, em uma cidade cada.

Já é possível, porém, apontar os principais derrotados em relação às últimas eleições. O PDT, que em 2008 elegeu dois prefeitos (entre eles o de Campinas, que caiu por suspeita de corrupção), não lidera em nenhum cenário dessas cidades. Quem também deixou de figurar entre os favoritos é o DEM, que perdeu a única prefeita eleita do grupo, a ribeirão-pretana Dárcy Vera, para o PSD, legenda criada por Gilberto Kassab.

Cinco cidades têm chances altas de decidir a eleição logo no primeiro turno. Em Bauru, o jovem prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), com menos de 34 anos, deve ser reeleito com uma vantagem esmagadora. Com uma coligação que reúne 14 partidos, do PP ao PT, passando pelo PR, ele aparece com 72% das intenções de voto na última pesquisa Ibope; o segundo colocado, Clodoaldo Gazzetta (PV), soma apenas 9%.

Em São José do Rio Preto, o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) é o favorito para a reeleição. Na última pesquisa Ibope, feita em agosto, ele aparecia com mais que o dobro das intenções do principal rival, o petista João Paulo Rillo. O terceiro colocado era Manoel Antunes, do PDT. Juntos, eles não atingiriam a soma dos votos de Lopes (44% contra 29%).

São José dos Campos é a cidade onde o PT desponta com mais chances de eleger um prefeito numa grande cidade do interior. Marcado pela desastrosa retirada de milhares de famílias do bairro Pinheirinho, após uma polêmica reintegração de posse cumprida por meio da força policial articulada pelos governos tucanos local e estadual, o município tem agora como líder na disputa o petista Carlinhos Almeida, com 50% das intenções de voto, de acordo com a última pesquisa Ibope. Seu principal rival é o tucano Alexandre Blanco, que soma 24%.

Em Piracicaba, em compensação, o PSDB deve eleger o sucessor de Barjas Negri. O tucano Gabriel Ferrato tem 37% das intenções de voto, mais do que a soma de Roberto Felício (PT), Dilmo dos Santos (PV) e Wilson Trindade (PHS) juntos – 12%, 11% e 3%, respectivamente. Os demais não têm mais de 1%.

Em Jundiaí, o PSDB, partido do atual prefeito, Miguel Haddad, lidera com Luiz Fernando Machado, com 39%. Pedro Bigardi (PC do B) é o segundo, com 29%. O terceiro colocado, Dr. Cláudio Miranda (PMDB), tem 5%. O cenário, captado pelo Ibope em agosto, deixa a eleição no limite de ser decidida ainda no primeiro turno, tradição no município.

O candidato tucano em Taubaté, Ortiz Júnior, também aparece como favorito nas pesquisas, com mais de 40%. Na cola dele, porém, aparecem os candidatos Padre Afonso (PV), Mario Ortiz (PSD) e Isaac do Carmo (PT). Todos somam mais de 10%, o que promete embolar a disputa até o fim do primeiro turno.

Nas outras cidades as chances de haver segundo turno são altas. É o caso de Campinas, a maior cidade do interior onde o PT apostou suas fichas em Marcio Pochmann, professor da Unicamp e ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). O líder das pesquisas ainda é Jonas Donizette (PSB), candidato apoiado pelo PSDB do governador Geraldo Alckmin, principal cabo eleitoral da disputa, embora a margem sobre os rivais tenha caído nas pesquisas recentes – de 50% para 42% na última. Pochmann tem hoje 18% das intenções de voto (tinha 8% no começo da disputa) e está à frente do atual prefeito, Pedro Serafim (PDT), que assumiu o cargo após as quedas de Doutor Hélio (PDT) e Demétrio Vilagra (PT), ambos envolvidos em caso de corrupção na cidade.

Uma das disputas mais emboladas é a de Franca, onde nada menos do que quatro candidatos figuram com mais de dez por cento dos votos. A líder nas pesquisas é a Delegada Graciela, do PP. No último levantamento do Ibope ela aparece com 32% das intenções de voto, seguida por Alexandre Ferreira (PSDB), com 27%, Marco Aurélio Ubiali (PSB), com 15% e Gilson Pelizaro (PT), com 10%.

Em Ribeirão Preto, a atual prefeita, Dárcy Vera (eleita pelo DEM e hoje no PSD) é a favorita na corrida eleitoral, mas não teria vantagem suficiente para vencer logo no primeiro turno. Em pesquisa Ibope feia em agosto, ela aparecia com 36%, seguida por Duarte Nogueira (PSDB), com 24%, e João Grandini (PT), com 12%, e Fernando Chiarelli (PT do B), com 5%.

Em Limeira, quem despontava como favorito na última pesquisa (do instituto Solis) era Lusenrique Quintal, do PSD, com quase 30% das intenções. Atrás dele apareciam Paulo Hadich (PSB), Eliseu Daniel (DEM) e Kléber Leite (PTB), todos entre 9% a 16%.

Em Sorocaba, PMDB e PSDB dividem o favoritismo com Renato Amary e Pannuzio. Com 30% das intenções cada, segundo pesquisa do Instituto Solis do fim de agosto. Iara Bernardi, do PT, e Raul Marcelo, do PSOL, corriam por fora, com 11,4% e 9,3%.

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