Política

Piada sobre ‘choque de gestão’ incendeia campanha

O ex-presidente ironizou tucanos o dizer que o termo significava apenas demissão e corte de salários. Resposta veio em seguida

Lula disse que não foi fácil escolher Haddad como candidato em São Paulo, e que teve muita pressão contrária de outros petistas. Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
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A volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos palanques em São Paulo, na terça-feira 11, foi carregada de ironias sobre os adversários tucanos. Disposto a vencer a disputa no principal reduto do PSDB, Lula usou o ato em apoio ao candidato Fernando Haddad, na Quadra dos Bancários, para mirar a jugular dos rivais, sobretudo após a recente investida de Fernando Henrique Cardoso contra o legado dos oito anos de governo petista.

Com um olho em José Serra, candidato tucano em São Paulo, e outro no antecessor, o ex-presidente provocou risos na plateia ao falar sobre expressões caras ao tucanato como “choque de gestão”. “É uma palavra muito usada pelos tucanos”, disse Lula. “Eu nem entedia que diabo era isso. Aí eu fiquei sabendo que era o cara que sabia administrar. Apareceu o choque de gestão. Eu disse: puxa vida, vai voltar a tortura no Brasil com choque?”

Para quem já se acostumava com a postura comedida dos petistas durante os pronunciamentos de Dilma Rousseff, a fala de Lula serviu como combustível para uma campanha que se estendia morna.

Lula brincou com a fama dos rivais de “tucanar” a verdade, criando expressões elaboradas para amenizar palavras simples. E afirmou: choque, no fim, significa somente “demissão” de funcionários, corte de salários e “descaso” com a população. E colocou o seu legado a serviço do apadrinhado ao se declarar responsável por criar um outro tipo de administração, com responsabilidade social.

Levantada a bola,

A reação não tardou a vir: no dia seguinte, a campanha tucana levou ao ar duas propagandas em que associava o candidato petista ao ex-ministro José Dirceu, réu no processo do chamado “mensalão”.

No Facebook, a campanha de Serra publicou um texto em que deixava a fratura exposta usando uma linguagem bélica. “É tempo de não se dobrar a esta guerrilha perversa que está sendo praticada. É certo de que nos acusarão de ‘baixaria’, de baixar o nível do ‘debate’ – sendo que não existe debate.”

Em evento no centro da cidade, Serra criticou a participação da presidenta Dilma Rousseff  no horário eleitoral de Haddad. “Ela vem meter o bico em São Paulo, vem dizer para os paulistas como é que eles devem votar. Não se pode impedir isso, é só registrar: ela, que mal conhece São Paulo, vem aqui dar seu palpite”.

A volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos palanques em São Paulo, na terça-feira 11, foi carregada de ironias sobre os adversários tucanos. Disposto a vencer a disputa no principal reduto do PSDB, Lula usou o ato em apoio ao candidato Fernando Haddad, na Quadra dos Bancários, para mirar a jugular dos rivais, sobretudo após a recente investida de Fernando Henrique Cardoso contra o legado dos oito anos de governo petista.

Com um olho em José Serra, candidato tucano em São Paulo, e outro no antecessor, o ex-presidente provocou risos na plateia ao falar sobre expressões caras ao tucanato como “choque de gestão”. “É uma palavra muito usada pelos tucanos”, disse Lula. “Eu nem entedia que diabo era isso. Aí eu fiquei sabendo que era o cara que sabia administrar. Apareceu o choque de gestão. Eu disse: puxa vida, vai voltar a tortura no Brasil com choque?”

Para quem já se acostumava com a postura comedida dos petistas durante os pronunciamentos de Dilma Rousseff, a fala de Lula serviu como combustível para uma campanha que se estendia morna.

Lula brincou com a fama dos rivais de “tucanar” a verdade, criando expressões elaboradas para amenizar palavras simples. E afirmou: choque, no fim, significa somente “demissão” de funcionários, corte de salários e “descaso” com a população. E colocou o seu legado a serviço do apadrinhado ao se declarar responsável por criar um outro tipo de administração, com responsabilidade social.

Levantada a bola,

A reação não tardou a vir: no dia seguinte, a campanha tucana levou ao ar duas propagandas em que associava o candidato petista ao ex-ministro José Dirceu, réu no processo do chamado “mensalão”.

No Facebook, a campanha de Serra publicou um texto em que deixava a fratura exposta usando uma linguagem bélica. “É tempo de não se dobrar a esta guerrilha perversa que está sendo praticada. É certo de que nos acusarão de ‘baixaria’, de baixar o nível do ‘debate’ – sendo que não existe debate.”

Em evento no centro da cidade, Serra criticou a participação da presidenta Dilma Rousseff  no horário eleitoral de Haddad. “Ela vem meter o bico em São Paulo, vem dizer para os paulistas como é que eles devem votar. Não se pode impedir isso, é só registrar: ela, que mal conhece São Paulo, vem aqui dar seu palpite”.

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