Política

Pelegrino e ACM Neto trocam acusações e “crucificam” atual prefeito

Os dois candidatos acusaram um ao outro de apoiar João Henrique, um dos gestores piores avaliados do País

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O debate entre os candidatos à prefeitura de Salvador nesta quinta 19, organizado pela tevê Bandeirantes, foi marcado pelos ataques mútuos entre Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM) e pelo bombardeio de ambos a gestão de João Henrique Carneiro (PP) — os dois candidatos acusaram um ao outro de ter apoiado o atual prefeito no passado. Os problemas da cidade ficaram em segundo plano.

O candidato do DEM mirou seus esforços em criticar o governador do estado, Jaques Wagner (PT), sobretudo na questão de segurança, e do apoio do PT a João Henrique, que está entre os prefeitos mais mal avaliados no País. O petista, por sua vez, associou ACM Neto ao avô dele, Antonio Carlos Magalhães, e intensificou a principal marca de sua campanha, que é a boa relação dele com o governador e com o governo federal, ambos de seu partido.

ACM Neto começou perguntando o porquê de Pelegrino ter fracassado no combate à criminalidade quando foi Secretário da Justiça do estado da Bahia. A resposta veio com uma crítica ao prefeito: “ACM quer brigar com o governo do estado, quer colocar na conta do governo toda a irresponsabilidade da atual prefeitura de João Carreiro, da qual ele faz parte. Minha gestão foi bem avaliada quando secretário de justiça”.

A réplica de ACM  jogou a bola para o apoio de Pelegrino ao prefeito. “Eu jamais indiquei um secretário, o senhor indicou quatro a João Henrique. Não acho ruim o apoio do PMDB”.

Ainda sobre o tema segurança, respondendo ao candidato do Democratas que falava sobre os altos índices de violência em Salvador, Nelson Pelegrino respondeu citando São Paulo. “É a cidade onde o DEM e o PSDB mandam, e lá o PCC manda. 10 policiais foram assassinados nos últimos dias. Vou cobrar o governo do estado sobre a segurança pública em Salvador.”, afirmou.

A estratégia de citar outros estados governados pelo DEM foi novamente usada quando o assunto foi greve de professores. “Rosalba Ciarlini, governadora do Rio Grande do Norte que é de seu partido, enfrentou uma greve de professores de cem dias” e atacou: “Nunca vi o senhor em assembleia de trabalhador, nunca vi o senhor envolvido com movimentos sociais”.

“A saúde da cidade e do estado está testada e reprovada, assim como a segurança pública”, dissse ACM Neto. Pelegrino respondeu associando, novamente, o rival ao atual prefeito. “ACM Neto fez parte do governo João Henrique quatro anos e agora não bate nele de maneira alguma”, citando que o PT participou da primeira gestão dele, mas não da segunda.

Uma grande preocupação de ACM Neto foi afirmar que não vai acabar com o bolsa-família se eleito. “O PT espalhou pela cidade que se o ACM Neto for eleito, vai acabar com o bolsa-família na cidade. Isso não é verdade, vou é aumentar o número de cadastrados”, disse.

Pelegrino, por sua vez, insistiu em dizer que a capital baiana “não pode andar sozinha” e que “precisa da ajuda do governo federal e estadual”. A resposta do adversário: “A cidade é viável, Salvador vai arrecadar 4 bilhões ano que vem”.

Em seguida, ACM perguntou a Pellegrino se o petista continuaria a defender José Dirceu e José Genoino, condenados no julgamento do “mensalão”. Pelegrino respondeu que quem defendia ambos era o avô dele, ACM. E citou o caso Demóstenes, do DEM, que recebeu dinheiro do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O deminista diz que o partido expulsou Demóstenes e expulsou Arruda. “O senhor vai pedir pra expulsar Dirceu e Genoino?”, perguntou. “Volto a dizer: quem fazia homenagens a José Dirceu era Antonio Carlos Magalhães”, disse, na réplica, o petista.

As acusações mútuas deram a tônica na maior parte do tempo. No assunto sobre transporte público e o caos do trânsito soteropolitano, ACM Neto disse: “O povo da Bahia gasta duas horas pra ir e voltar do trabalho. Mas o governador Jaques Wagner vai de helicóptero e gasta 10 minutos pra chegar no Palácio de Ondina. Gasta 5 mil reais por dia pra isso”. Pelegrino respondeu: “Fala do helicóptero, mas esquece do jato do avô dele”.

Nas considerações finais, ACM Neto pediu o voto dos eleitores dos candidatos derrotados no 1º turno, Marcio Marinho (PRB) e Mario Kertész (PMDB). Nelson Pelegrino ressaltou o crescimento na campanha: “Saí do 1º turno com 12% e cheguei a 40%. Apresentamos propostas concretas”.

O debate entre os candidatos à prefeitura de Salvador nesta quinta 19, organizado pela tevê Bandeirantes, foi marcado pelos ataques mútuos entre Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM) e pelo bombardeio de ambos a gestão de João Henrique Carneiro (PP) — os dois candidatos acusaram um ao outro de ter apoiado o atual prefeito no passado. Os problemas da cidade ficaram em segundo plano.

O candidato do DEM mirou seus esforços em criticar o governador do estado, Jaques Wagner (PT), sobretudo na questão de segurança, e do apoio do PT a João Henrique, que está entre os prefeitos mais mal avaliados no País. O petista, por sua vez, associou ACM Neto ao avô dele, Antonio Carlos Magalhães, e intensificou a principal marca de sua campanha, que é a boa relação dele com o governador e com o governo federal, ambos de seu partido.

ACM Neto começou perguntando o porquê de Pelegrino ter fracassado no combate à criminalidade quando foi Secretário da Justiça do estado da Bahia. A resposta veio com uma crítica ao prefeito: “ACM quer brigar com o governo do estado, quer colocar na conta do governo toda a irresponsabilidade da atual prefeitura de João Carreiro, da qual ele faz parte. Minha gestão foi bem avaliada quando secretário de justiça”.

A réplica de ACM  jogou a bola para o apoio de Pelegrino ao prefeito. “Eu jamais indiquei um secretário, o senhor indicou quatro a João Henrique. Não acho ruim o apoio do PMDB”.

Ainda sobre o tema segurança, respondendo ao candidato do Democratas que falava sobre os altos índices de violência em Salvador, Nelson Pelegrino respondeu citando São Paulo. “É a cidade onde o DEM e o PSDB mandam, e lá o PCC manda. 10 policiais foram assassinados nos últimos dias. Vou cobrar o governo do estado sobre a segurança pública em Salvador.”, afirmou.

A estratégia de citar outros estados governados pelo DEM foi novamente usada quando o assunto foi greve de professores. “Rosalba Ciarlini, governadora do Rio Grande do Norte que é de seu partido, enfrentou uma greve de professores de cem dias” e atacou: “Nunca vi o senhor em assembleia de trabalhador, nunca vi o senhor envolvido com movimentos sociais”.

“A saúde da cidade e do estado está testada e reprovada, assim como a segurança pública”, dissse ACM Neto. Pelegrino respondeu associando, novamente, o rival ao atual prefeito. “ACM Neto fez parte do governo João Henrique quatro anos e agora não bate nele de maneira alguma”, citando que o PT participou da primeira gestão dele, mas não da segunda.

Uma grande preocupação de ACM Neto foi afirmar que não vai acabar com o bolsa-família se eleito. “O PT espalhou pela cidade que se o ACM Neto for eleito, vai acabar com o bolsa-família na cidade. Isso não é verdade, vou é aumentar o número de cadastrados”, disse.

Pelegrino, por sua vez, insistiu em dizer que a capital baiana “não pode andar sozinha” e que “precisa da ajuda do governo federal e estadual”. A resposta do adversário: “A cidade é viável, Salvador vai arrecadar 4 bilhões ano que vem”.

Em seguida, ACM perguntou a Pellegrino se o petista continuaria a defender José Dirceu e José Genoino, condenados no julgamento do “mensalão”. Pelegrino respondeu que quem defendia ambos era o avô dele, ACM. E citou o caso Demóstenes, do DEM, que recebeu dinheiro do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O deminista diz que o partido expulsou Demóstenes e expulsou Arruda. “O senhor vai pedir pra expulsar Dirceu e Genoino?”, perguntou. “Volto a dizer: quem fazia homenagens a José Dirceu era Antonio Carlos Magalhães”, disse, na réplica, o petista.

As acusações mútuas deram a tônica na maior parte do tempo. No assunto sobre transporte público e o caos do trânsito soteropolitano, ACM Neto disse: “O povo da Bahia gasta duas horas pra ir e voltar do trabalho. Mas o governador Jaques Wagner vai de helicóptero e gasta 10 minutos pra chegar no Palácio de Ondina. Gasta 5 mil reais por dia pra isso”. Pelegrino respondeu: “Fala do helicóptero, mas esquece do jato do avô dele”.

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