Política

Jornalista diz que recebeu pagamentos de caixa 2 de Perillo

Luiz Carlos Bordoni bateu boca com aliados do governador de Goiás durante depoimento à CPI

Bordoni guarda documentos durante depoimento na CPI. Foto: Wilson Dias / ABr
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O jornalista Luiz Carlos Bordoni reafrimou nesta quarta-feira, desta vez em depoimento à CPI do Cachoeira, que foi pago com recursos do caixa 2 da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por serviços prestados em 2010. Bordoni relatou ter recebido na conta de sua filha, Bruna Bordoni, R$ 45 mil da empresa Alberto e Pantoja, investigada pela Polícia Federal como parte do esquema criminoso atribuído ao empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

“O meu serviço limpo foi pago com dinheiro sujo”, disse o jornalista, que produziu os programas de rádio da campanha de Perillo. “O que existiu, de fato, foi o pagamento feito a mim com dinheiro de caixa 2”, disse Bordoni, cujo depoimento irritou deputados aliados ao governador goiano, que o interromperam várias vezes. Segundo Bordoni, alguns membros da comissão não estavam “preocupados em esclarecer coisa alguma”. A frase de Bordoni irritou parlamentares, especialmente os aliados de Perillo. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamaram o jornalista de “vagabundo”. As frequentes interrupções da fala do jornalista levaram o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a pedir que os parlamentares “respeitassem a testemunha”. Vital do Rêgo também sugeriu que Bordoni “se comportasse” e respeitasse a comissão.

Como ocorreu na terça-feira, durante depoimento do arquiteto Alexandre Milhomen, aliados de Perillo manifestaram indignação com as acusações. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) prometeu enviar à CPI um requerimento para que Bordoni participe de uma acareação com Marconi Perillo.

Além do depósito de R$ 45 mil, o jornalista disse ter recebido mais R$ 33,3 mil do departamento financeiro da campanha e mais R$ 10 mil pagos pelo presidente da Agência de Transportes e Obras (Agetop) de Goiás, Jayme Rincón, que era tesoureiro da campanha. Bordoni entregou à comissão documentos sobre sua movimentação bancária e de sua filha e autorizações de quebra dos sigilos bancários, telefônico e fiscal dele e dela.

O jornalista disse também que o governador Perillo mentiu em seu depoimento na CPI, ao mostrar uma nota fiscal em nome da empresa Art Midi, no valor de R$ 33,3 mil, como prova do pagamento que teria feito a ele. “Se os senhores provarem onde está minha assinatura nesta nota, eu engulo essa folha”, disse o jornalista, mostrando o documento que teria sido apresentado por Perillo. “O governador faltou com a verdade abusivamente quando aqui esteve”, disse o jornalista.

Bordoni se disse magoado por ter sido chamado de mentiroso, controverso e irresponsável pelo governador Perillo. “Por que eu iria mentir? Fiz um pacto com o amigo Marconi, mas quem tem amigos como tal não precisa de inimigos”, afirmou Bordoni. Ele também reclamou de ter sido apontado pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, como chantagista. “Quem sou eu para achacar o rei do achaque, o Al Capone do Cerrado? Vou processar todos eles, inclusive o dono da banda dos desafinados. Nada tenho a esconder, não temo encarar ninguém, seja quem for”, disse a testemunha. “Não se brinca com a honra e com a dignidade das pessoas”, destacou.

Com informações da Agência Brasil

O jornalista Luiz Carlos Bordoni reafrimou nesta quarta-feira, desta vez em depoimento à CPI do Cachoeira, que foi pago com recursos do caixa 2 da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por serviços prestados em 2010. Bordoni relatou ter recebido na conta de sua filha, Bruna Bordoni, R$ 45 mil da empresa Alberto e Pantoja, investigada pela Polícia Federal como parte do esquema criminoso atribuído ao empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

“O meu serviço limpo foi pago com dinheiro sujo”, disse o jornalista, que produziu os programas de rádio da campanha de Perillo. “O que existiu, de fato, foi o pagamento feito a mim com dinheiro de caixa 2”, disse Bordoni, cujo depoimento irritou deputados aliados ao governador goiano, que o interromperam várias vezes. Segundo Bordoni, alguns membros da comissão não estavam “preocupados em esclarecer coisa alguma”. A frase de Bordoni irritou parlamentares, especialmente os aliados de Perillo. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamaram o jornalista de “vagabundo”. As frequentes interrupções da fala do jornalista levaram o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a pedir que os parlamentares “respeitassem a testemunha”. Vital do Rêgo também sugeriu que Bordoni “se comportasse” e respeitasse a comissão.

Como ocorreu na terça-feira, durante depoimento do arquiteto Alexandre Milhomen, aliados de Perillo manifestaram indignação com as acusações. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) prometeu enviar à CPI um requerimento para que Bordoni participe de uma acareação com Marconi Perillo.

Além do depósito de R$ 45 mil, o jornalista disse ter recebido mais R$ 33,3 mil do departamento financeiro da campanha e mais R$ 10 mil pagos pelo presidente da Agência de Transportes e Obras (Agetop) de Goiás, Jayme Rincón, que era tesoureiro da campanha. Bordoni entregou à comissão documentos sobre sua movimentação bancária e de sua filha e autorizações de quebra dos sigilos bancários, telefônico e fiscal dele e dela.

O jornalista disse também que o governador Perillo mentiu em seu depoimento na CPI, ao mostrar uma nota fiscal em nome da empresa Art Midi, no valor de R$ 33,3 mil, como prova do pagamento que teria feito a ele. “Se os senhores provarem onde está minha assinatura nesta nota, eu engulo essa folha”, disse o jornalista, mostrando o documento que teria sido apresentado por Perillo. “O governador faltou com a verdade abusivamente quando aqui esteve”, disse o jornalista.

Bordoni se disse magoado por ter sido chamado de mentiroso, controverso e irresponsável pelo governador Perillo. “Por que eu iria mentir? Fiz um pacto com o amigo Marconi, mas quem tem amigos como tal não precisa de inimigos”, afirmou Bordoni. Ele também reclamou de ter sido apontado pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, como chantagista. “Quem sou eu para achacar o rei do achaque, o Al Capone do Cerrado? Vou processar todos eles, inclusive o dono da banda dos desafinados. Nada tenho a esconder, não temo encarar ninguém, seja quem for”, disse a testemunha. “Não se brinca com a honra e com a dignidade das pessoas”, destacou.

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