Política

Haddad: Kassab não deve fazer oposição sistemática

Prefeito eleito quer bilhete único mensal e fim da taxa de inspeção veicular no segundo ano do seu mandato

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff recebe o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto. Foto: Antonio Cruz / ABr
Apoie Siga-nos no

Prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) espera governar com a ajuda do PSD, o partido criado pelo atual chefe do Executivo paulistano, Gilberto Kassab. “Não vejo hipótese da bancada do PSD (na Câmara dos Vereadores) fazer oposição de maneira sistemática”, disse o petista nesta segunda-feira 29, em sua primeira entrevista após ter sido eleito. “Kassab manifestou desejo (de ajudar), é nisso que estou me baseando para ser otimista.”

Kassab decidiu apoiar o PSDB depois que José Serra, seu padrinho político, anunciou a candidatura. Antes disso, Kassab vinha sendo cortejado pelo PT. Com Kassab ao lado de Serra, sua administração foi alvo de duras críticas dos petistas durante toda a campanha eleitoral.

Agora, uma aliança com a bancada do PSD seria suficiente para dar a Haddad o apoio de mais de metade da Câmara, se somada aos outros partidos que o ajudaram a ser eleito. O petista deve encontrar o atual prefeito pela primeira vez nesta terça-feira 30, quando também deve se reunir com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). A negociação entre o PT e o PSD não se restringe ao plano municipal. O nome de Kassab já foi cogitado para o ministério do governo Dilma Rousseff.

Haddad ainda disse que espera a ajuda da oposição para aprovar os principais pontos do seu plano de governo. Segundo o petista, a lei que cria o bilhete único mensal e a que acaba com a taxa de inspeção veicular devem ser remetidas à Câmara “na primeira oportunidade”. Ele espera que as duas propostas estejam em vigor no seu segundo ano de mandato, em 2014.

Grupo de transição com o governo federal

Haddad encontrou a presidenta Dilma Rousseff na manhã desta segunda. Ele disse que o governo federal deverá criar uma equipe para dialogar com o grupo que fará a transição do governo.

O petista destacou o fato de ser a primeira vez que São Paulo elege um prefeito do mesmo partido do presidente da República. “Vamos aproveitar a oportunidade para criar órgãos de Estado, que vão funcionar independentemente de quem comande a prefeitura.”

O prefeito eleito disse que irá encontrar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana para “estabelecer uma dinâmica de trabalho e passar todos os programas federais a limpo”.

Maluf no palanque

O ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP) esteve presente no discurso da posse de Fernando Haddad no domingo 28. Presidente estadual do PP, que apoiou a candidatura de Haddad, Maluf esteve ausente de toda a campanha eleitoral. O prefeito eleito disse não se incomodar com a presença dele. “Sou uma pessoa educada e não destrato ninguém, sobretudo quem tem um mandato popular”.

Segundo Haddad, quem ofereceu o apoio do PP à sua candidatura foi o ministro dos transportes, Aguinaldo Ribeiro. Haddad não descarta a participação do PP nas secretarias do seu governo, mas disse que os nomes ainda não estão definidos.

Prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) espera governar com a ajuda do PSD, o partido criado pelo atual chefe do Executivo paulistano, Gilberto Kassab. “Não vejo hipótese da bancada do PSD (na Câmara dos Vereadores) fazer oposição de maneira sistemática”, disse o petista nesta segunda-feira 29, em sua primeira entrevista após ter sido eleito. “Kassab manifestou desejo (de ajudar), é nisso que estou me baseando para ser otimista.”

Kassab decidiu apoiar o PSDB depois que José Serra, seu padrinho político, anunciou a candidatura. Antes disso, Kassab vinha sendo cortejado pelo PT. Com Kassab ao lado de Serra, sua administração foi alvo de duras críticas dos petistas durante toda a campanha eleitoral.

Agora, uma aliança com a bancada do PSD seria suficiente para dar a Haddad o apoio de mais de metade da Câmara, se somada aos outros partidos que o ajudaram a ser eleito. O petista deve encontrar o atual prefeito pela primeira vez nesta terça-feira 30, quando também deve se reunir com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). A negociação entre o PT e o PSD não se restringe ao plano municipal. O nome de Kassab já foi cogitado para o ministério do governo Dilma Rousseff.

Haddad ainda disse que espera a ajuda da oposição para aprovar os principais pontos do seu plano de governo. Segundo o petista, a lei que cria o bilhete único mensal e a que acaba com a taxa de inspeção veicular devem ser remetidas à Câmara “na primeira oportunidade”. Ele espera que as duas propostas estejam em vigor no seu segundo ano de mandato, em 2014.

Grupo de transição com o governo federal

Haddad encontrou a presidenta Dilma Rousseff na manhã desta segunda. Ele disse que o governo federal deverá criar uma equipe para dialogar com o grupo que fará a transição do governo.

O petista destacou o fato de ser a primeira vez que São Paulo elege um prefeito do mesmo partido do presidente da República. “Vamos aproveitar a oportunidade para criar órgãos de Estado, que vão funcionar independentemente de quem comande a prefeitura.”

O prefeito eleito disse que irá encontrar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana para “estabelecer uma dinâmica de trabalho e passar todos os programas federais a limpo”.

Maluf no palanque

O ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP) esteve presente no discurso da posse de Fernando Haddad no domingo 28. Presidente estadual do PP, que apoiou a candidatura de Haddad, Maluf esteve ausente de toda a campanha eleitoral. O prefeito eleito disse não se incomodar com a presença dele. “Sou uma pessoa educada e não destrato ninguém, sobretudo quem tem um mandato popular”.

Segundo Haddad, quem ofereceu o apoio do PP à sua candidatura foi o ministro dos transportes, Aguinaldo Ribeiro. Haddad não descarta a participação do PP nas secretarias do seu governo, mas disse que os nomes ainda não estão definidos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.