Política

Gustavo Fruet (PDT) é o novo prefeito de Curitiba

O resultado é uma vitória para o PT, que apoiou o ex-desafeto, e uma derrota para o governador Beto Richa (PSDB)

Fruet em comício no segundo turno com Gleisi Hoffmann e outros ministros de Dilma Roussef. Foto: Divulgação
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O ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) é o novo prefeito de Curitiba. Com 100% das urnas apuradas na capital paranaense, a Justiça eleitoral informa que Fruet recebeu 60,65% dos votos válidos, contra 39,35% de Ratinho Júnior (PSC). O resultado confirma a pesquisa de boca de urna do Ibope e as pesquisas de opinião também do Ibope e do Datafolha, que apontavam a vitória do candidato pedetista. O resultado é uma derrota amarga para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e uma vitória para o PT.

Fruet fez seu nome na política graças às duras críticas contra o PT no auge do escândalo do “mensalão”. A atuação fez dele um dos deputados mais elogiados por seus pares e analistas, mas não rendeu prestígio no PSDB paranaense. Preterido diversas vezes no partido, especialmente por Beto Richa, Fruet migrou em julho de 2011 para o PDT, partido da base aliada do governo Dilma Rousseff.

A aliança insólita com o PT se provou difícil de engolir tanto por eleitores do PT quanto seus ex-eleitores do PSDB. Fruet teve a seu lado durante toda a campanha a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nome forte do governo Dilma, mas ainda assim a tarefa não parecia fácil. A atuação de Fruet contra o PT ainda incomodava os petistas e causava confusão no eleitorado do candidato. Ao longo da campanha, uma reportagem do jornal Gazeta do Povo chegou a mostrar que apenas 20% dos eleitores que identificam o PT como partido preferido iriam votar no ex-tucano. Foi preciso Fruet entrar de forma profunda na campanha para subir. “Fruet só retomou o crescimento partir da metade de setembro, quando aceitou e incorporou em definitivo o PT e a imagem de Lula e Dilma junto à campanha”, disse a CartaCapital após o primeiro turno Ricardo Oliveira, cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Com essas dificuldades, Fruet travou no primeiro turno um duelo com Luciano Ducci (PSB), o atual prefeito da cidade, apoiado por Beto Richa. A briga entre os dois abriu espaço para que Ratinho Júnior se destacasse e liderasse a disputa no primeiro turno. Somente nas urnas foi possível ter uma definição sobre quem iria para o segundo turno. Com uma diferença apertada, de pouco mais de 4,4 mil votos, Fruet conseguiu avançar. No segundo turno, Ratinho Júnior não conseguiu ampliar a importância de sua candidatura, enquanto Fruet conquistou apoios importantes e liderou durante os 20 dias de campanha.

A vitória de Fruet na capital pode ser um importante início de campanha para Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná. A ministra-chefe da Casa Civil, que foi eleita para o Senado em 2010, é o principal nome do PT para enfrentar Beto Richa. Enquanto isso, o atual governador do Estado irá para a campanha sem o apoio do Executivo municipal.

O ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) é o novo prefeito de Curitiba. Com 100% das urnas apuradas na capital paranaense, a Justiça eleitoral informa que Fruet recebeu 60,65% dos votos válidos, contra 39,35% de Ratinho Júnior (PSC). O resultado confirma a pesquisa de boca de urna do Ibope e as pesquisas de opinião também do Ibope e do Datafolha, que apontavam a vitória do candidato pedetista. O resultado é uma derrota amarga para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e uma vitória para o PT.

Fruet fez seu nome na política graças às duras críticas contra o PT no auge do escândalo do “mensalão”. A atuação fez dele um dos deputados mais elogiados por seus pares e analistas, mas não rendeu prestígio no PSDB paranaense. Preterido diversas vezes no partido, especialmente por Beto Richa, Fruet migrou em julho de 2011 para o PDT, partido da base aliada do governo Dilma Rousseff.

A aliança insólita com o PT se provou difícil de engolir tanto por eleitores do PT quanto seus ex-eleitores do PSDB. Fruet teve a seu lado durante toda a campanha a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nome forte do governo Dilma, mas ainda assim a tarefa não parecia fácil. A atuação de Fruet contra o PT ainda incomodava os petistas e causava confusão no eleitorado do candidato. Ao longo da campanha, uma reportagem do jornal Gazeta do Povo chegou a mostrar que apenas 20% dos eleitores que identificam o PT como partido preferido iriam votar no ex-tucano. Foi preciso Fruet entrar de forma profunda na campanha para subir. “Fruet só retomou o crescimento partir da metade de setembro, quando aceitou e incorporou em definitivo o PT e a imagem de Lula e Dilma junto à campanha”, disse a CartaCapital após o primeiro turno Ricardo Oliveira, cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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