Política

Giannazi propõe eleições diretas para subprefeito em São Paulo

Deputado estadual do PSOL lança sua candidatura neste sábado, defendendo a renegociação da dívida pública e o fim do TCM

Deputado estadual do PSOL lança sua candidatura neste sábado, defendendo a renegociação da dívida pública e o fim do TCM . Foto: Psol
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O PSOL lança neste sábado 15 a candidatura de Carlos Giannazi à prefeitura de São Paulo. Deputado estadual, Giannazi propõe um “choque de democracia” na cidade: a eleição direta dos 31 subprefeitos e a presença da população na elaboração do orçamento e do planejamento da cidade.

Em entrevista a CartaCapital, ele diz que a administração da cidade deve ser descentralizada, com mais poder nas subprefeituras. Ele critica a forma como os últimos três prefeitos lidaram com a questão. “O Gilberto Kassab militarizou as subprefeituras, colocou militares em 30 delas. O José Serra trouxe pessoas de fora, não nomeou gente da capital. Já a Marta Suplicy entregou para os vereadores nomearem os cargos. Eu quero romper essa lógica”.

Giannazi defende que a população possa influenciar o orçamento e as decisões executivas na cidade. Segundo ele, isso “respeitaria as singularidades a especificidades de cada área da cidade”.

Renegociação e cobrança das dívidas

Para Giannazi, a melhoria da mobilidade urbana deve ser prioridade. Ele defende a construção urgente de mais transporte sobre trilhos e diz que a prefeitura pode ajudar nisso, apesar da construção ser feita pelo governo estadual. “A prefeitura pode disponibilizar uma parte do orçamento para a construção de metrôs. E pode negociar com o governo federal a conversão de uma parte da dívida, de 40 bilhões de reais, para investir em mobilidade”, diz do deputado.

Segundo Giannazi, há outras duas formas de o governo municipal conseguir mais verba. Uma delas seria a extinção do Tribunal de Contas do Município. Para o deputado, ele consome 234 milhões de reais por ano e é desnecessário, pois o Tribunal de Contas do Estado pode cumprir sua função.

A outra forma de conseguir mais dinheiro seria a prefeitura cobrar a sua dívida ativa de empresas. Isso poderia render outros 40 bilhões de reais para os cofres públicos, segundo os cálculos de Giannazi.

Mais um candidato da educação

Diretor de escola da rede pública e professor universitário, Giannazi é mais um dos candidatos ligados à educação neste ano em São Paulo: Gabriel Chalita (PMDB) foi secretário de Educação do Estado de São Paulo (2003-2007) e Fernando Haddad (PT) foi ministro da Educação (2005-2012). Giannazi diz que os outros “não fizeram nada” pela educação e isso deve ser pautado na campanha.

“O Chalita ficou anos na secretaria e não fez nada. Usou a rede para promover a pedagogia do amor e do afeto, palestras e o nome dele em livros de auto-ajuda”. Já Haddad é visto como um dos responsáveis pela atual greve das universidades federais, que paralisa 55 instituições no país.

Giannazi também diz que o ex-ministro apoiava o projeto que resultou na sua suspensão do PT, em 2002. Giannazi era vereador petista e votou contra o partido na aprovação da Lei Orgânica do Município (LOM), argumentando que ela reduziria os gastos com educação. Segundo Giannazi, Haddad foi a favor do projeto e “será cobrado” por isso na eleição. Na época, Haddad trabalhava na Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do município. A expulsão de Giannazi do PT ocorreu em 2005, quando ele se recusou a votar em Roberto Tripoli para a presidência da Câmara dos Deputados.

O PSOL lança neste sábado 15 a candidatura de Carlos Giannazi à prefeitura de São Paulo. Deputado estadual, Giannazi propõe um “choque de democracia” na cidade: a eleição direta dos 31 subprefeitos e a presença da população na elaboração do orçamento e do planejamento da cidade.

Em entrevista a CartaCapital, ele diz que a administração da cidade deve ser descentralizada, com mais poder nas subprefeituras. Ele critica a forma como os últimos três prefeitos lidaram com a questão. “O Gilberto Kassab militarizou as subprefeituras, colocou militares em 30 delas. O José Serra trouxe pessoas de fora, não nomeou gente da capital. Já a Marta Suplicy entregou para os vereadores nomearem os cargos. Eu quero romper essa lógica”.

Giannazi defende que a população possa influenciar o orçamento e as decisões executivas na cidade. Segundo ele, isso “respeitaria as singularidades a especificidades de cada área da cidade”.

Renegociação e cobrança das dívidas

Para Giannazi, a melhoria da mobilidade urbana deve ser prioridade. Ele defende a construção urgente de mais transporte sobre trilhos e diz que a prefeitura pode ajudar nisso, apesar da construção ser feita pelo governo estadual. “A prefeitura pode disponibilizar uma parte do orçamento para a construção de metrôs. E pode negociar com o governo federal a conversão de uma parte da dívida, de 40 bilhões de reais, para investir em mobilidade”, diz do deputado.

Segundo Giannazi, há outras duas formas de o governo municipal conseguir mais verba. Uma delas seria a extinção do Tribunal de Contas do Município. Para o deputado, ele consome 234 milhões de reais por ano e é desnecessário, pois o Tribunal de Contas do Estado pode cumprir sua função.

A outra forma de conseguir mais dinheiro seria a prefeitura cobrar a sua dívida ativa de empresas. Isso poderia render outros 40 bilhões de reais para os cofres públicos, segundo os cálculos de Giannazi.

Mais um candidato da educação

Diretor de escola da rede pública e professor universitário, Giannazi é mais um dos candidatos ligados à educação neste ano em São Paulo: Gabriel Chalita (PMDB) foi secretário de Educação do Estado de São Paulo (2003-2007) e Fernando Haddad (PT) foi ministro da Educação (2005-2012). Giannazi diz que os outros “não fizeram nada” pela educação e isso deve ser pautado na campanha.

“O Chalita ficou anos na secretaria e não fez nada. Usou a rede para promover a pedagogia do amor e do afeto, palestras e o nome dele em livros de auto-ajuda”. Já Haddad é visto como um dos responsáveis pela atual greve das universidades federais, que paralisa 55 instituições no país.

Giannazi também diz que o ex-ministro apoiava o projeto que resultou na sua suspensão do PT, em 2002. Giannazi era vereador petista e votou contra o partido na aprovação da Lei Orgânica do Município (LOM), argumentando que ela reduziria os gastos com educação. Segundo Giannazi, Haddad foi a favor do projeto e “será cobrado” por isso na eleição. Na época, Haddad trabalhava na Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do município. A expulsão de Giannazi do PT ocorreu em 2005, quando ele se recusou a votar em Roberto Tripoli para a presidência da Câmara dos Deputados.

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