Política

Fortunati (PDT) é reeleito prefeito de Porto Alegre

Com crescimento vertiginoso durante a campanha eleitoral, o atual prefeito sobrou na votação final

José Fortunati (PDT) começou a campanha eleitoral atrás de Manuela D´Ávila (PCdoB) nas pesquisas, mas agora tende a vencer no primeiro turno. Foto: Divulgação
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Com 100% das urnas apuradas, o surpreendente prefeito José Fortunati (PDT) está reeleito prefeito de Porto Alegre. José Fortunati (PDT) tem 62,5% dos votos válidos, contra 17,7% de Manuela D´Ávila (PCdoB). Confirma a apuração final:

1) José Fortunati (PDT) – 65,2%


2) Manuela D´Ávila (PCdoB) – 17,7%


3) Adão Vilaverde (PT) – 9,6%


4) Roberto Robaina (PSOL) –  3,8%


5) Wambert Di Lorenzo (PSDB) – 2,4%

“Farei o possível para, realmente, fazer valer a pena. Eu quero que, daqui a quatro anos, o povo de Porto Alegre não tenha qualquer arrependimento, porque, com certeza, nós vamos trabalhar muito pela cidade”, disse.

Fortunati assumiu a prefeitura de Porto Alegre em 2010, ano em que José Fogaça, eleito dois anos antes pelo PMDB, tentou, sem sucesso, se eleger governador do Rio Grande do Sul. O ex-vice-prefeito tinha pouco tempo para ganhar vida própria e chegar com chances de se reeleger em 2012. Em dois anos no cargo, ele atinge hoje um índice maior de aprovação do que o antecessor (55% contra 38%, quando deixou o cargo), mas somente após o início da campanha eleitoral é que ele deslanchou nas pesquisas e se tornou favorito para vencer no primeiro turno. Mesmo assim, uma vitória tão larga surpreendeu.

Fortunati encabeçou uma ampla coligação que envolve partidos à direita e ao centro (PDT, PMDB, PTB, PP, PPS, DEM, PRB, PMN e PTN) do espectro político. Isso lhe garantiu uma exposição na propaganda gratuita bem maior que a dos adversários, fundamental para seu crescimento nas pesquisas no último mês de campanha. Hoje todos os institutos passaram a apontar Fortunati possivelmente reeleito já no primeiro turno.

Na disputa com Manuela D´Ávila (PCdoB) e Adão Villaverde (PT), seus principais adversários, Fortunatti representou a opção mais à direita e ao centro — lembrando que a política gaúcha tem sido polarizada nos últimos anos entre PMDB e PT. Quem historicamente votou contra o Partido dos Trabalhadores tende a preferir Fortunati entre os três, ainda mais se for levado em consideração a baixa capilaridade do PSDB na cidade, especialmente após a trágica administração de Yeda Crusius como governadora do Rio Grande do Sul (o candidato tucano Wambert Di Lorenzo teve 2,4% da votação). Ao mesmo tempo, o pedetista mantém um discurso de centro-esquerda que não desagrada parte da esquerda tradicional. Ou seja, ele consegue votos de todas as matizes políticas, fato raro na política gaúcha.

Outro fator relevante: Manuela D´Ávila, que começou a campanha eleitoral em primeiro lugar nas pesquisas, encontrou dificuldades em convencer o eleitorado de que poderia ser a mais preparada. Obsessiva em vender-se como politicamente madura para um cargo executivo mesmo tendo apenas 31 anos de idade, exagerou ao “vender” suas qualificações.

A ascensão de Fortunati na campanha eleitoral também foi ajudada pelo esvaziamento do PT nesta eleição. O partido do governador Tarso Genro comandou a prefeitura entre 1989 e 2004 com cinco nomes diferentes, entre os quais o do próprio Genro, mas o candidato escolhido pelo partido em 2012, o deputado estadual Adão Villaverde, pareceu ser um nome “verde” demais para disputar com Manuela e Fortunati. Talvez seja uma opção da própria cúpula do partido em evitar choques profundos numa disputa com dois partidos importantes da base aliada, o PDT (coligado ao PMDB, que tem o vice de Fortunati) e o PCdoB. Fica a impressão de que, com Fortunati reeleito no primeiro turno, sem o desgaste de uma briga intestina na base aliada, o governo federal não ficaria sem base na capital gaúcha.

Confira os vereadores mais votados de Porto Alegre:

1) Pedro Ruas (PSOL) 14610


2) João Derly (PC do B) 14038


3) Guilherme Sociais Villela (PP) 13574


4) Márcio Bins Ely (PDT) 13336


5) Dr. Thiago Duarte (PDT) 11935


6) Kevin Krieger (PP) 11444


7) Mauro Zacher (PDT) 11244


8) Claudio Janta (PDT) 10675


9) Cássio Trogildo (PTB) 9541


10) João Bosco Vaz (PDT) 9493

Com 100% das urnas apuradas, o surpreendente prefeito José Fortunati (PDT) está reeleito prefeito de Porto Alegre. José Fortunati (PDT) tem 62,5% dos votos válidos, contra 17,7% de Manuela D´Ávila (PCdoB). Confirma a apuração final:

1) José Fortunati (PDT) – 65,2%


2) Manuela D´Ávila (PCdoB) – 17,7%


3) Adão Vilaverde (PT) – 9,6%


4) Roberto Robaina (PSOL) –  3,8%


5) Wambert Di Lorenzo (PSDB) – 2,4%

“Farei o possível para, realmente, fazer valer a pena. Eu quero que, daqui a quatro anos, o povo de Porto Alegre não tenha qualquer arrependimento, porque, com certeza, nós vamos trabalhar muito pela cidade”, disse.

Fortunati assumiu a prefeitura de Porto Alegre em 2010, ano em que José Fogaça, eleito dois anos antes pelo PMDB, tentou, sem sucesso, se eleger governador do Rio Grande do Sul. O ex-vice-prefeito tinha pouco tempo para ganhar vida própria e chegar com chances de se reeleger em 2012. Em dois anos no cargo, ele atinge hoje um índice maior de aprovação do que o antecessor (55% contra 38%, quando deixou o cargo), mas somente após o início da campanha eleitoral é que ele deslanchou nas pesquisas e se tornou favorito para vencer no primeiro turno. Mesmo assim, uma vitória tão larga surpreendeu.

Fortunati encabeçou uma ampla coligação que envolve partidos à direita e ao centro (PDT, PMDB, PTB, PP, PPS, DEM, PRB, PMN e PTN) do espectro político. Isso lhe garantiu uma exposição na propaganda gratuita bem maior que a dos adversários, fundamental para seu crescimento nas pesquisas no último mês de campanha. Hoje todos os institutos passaram a apontar Fortunati possivelmente reeleito já no primeiro turno.

Na disputa com Manuela D´Ávila (PCdoB) e Adão Villaverde (PT), seus principais adversários, Fortunatti representou a opção mais à direita e ao centro — lembrando que a política gaúcha tem sido polarizada nos últimos anos entre PMDB e PT. Quem historicamente votou contra o Partido dos Trabalhadores tende a preferir Fortunati entre os três, ainda mais se for levado em consideração a baixa capilaridade do PSDB na cidade, especialmente após a trágica administração de Yeda Crusius como governadora do Rio Grande do Sul (o candidato tucano Wambert Di Lorenzo teve 2,4% da votação). Ao mesmo tempo, o pedetista mantém um discurso de centro-esquerda que não desagrada parte da esquerda tradicional. Ou seja, ele consegue votos de todas as matizes políticas, fato raro na política gaúcha.

Outro fator relevante: Manuela D´Ávila, que começou a campanha eleitoral em primeiro lugar nas pesquisas, encontrou dificuldades em convencer o eleitorado de que poderia ser a mais preparada. Obsessiva em vender-se como politicamente madura para um cargo executivo mesmo tendo apenas 31 anos de idade, exagerou ao “vender” suas qualificações.

A ascensão de Fortunati na campanha eleitoral também foi ajudada pelo esvaziamento do PT nesta eleição. O partido do governador Tarso Genro comandou a prefeitura entre 1989 e 2004 com cinco nomes diferentes, entre os quais o do próprio Genro, mas o candidato escolhido pelo partido em 2012, o deputado estadual Adão Villaverde, pareceu ser um nome “verde” demais para disputar com Manuela e Fortunati. Talvez seja uma opção da própria cúpula do partido em evitar choques profundos numa disputa com dois partidos importantes da base aliada, o PDT (coligado ao PMDB, que tem o vice de Fortunati) e o PCdoB. Fica a impressão de que, com Fortunati reeleito no primeiro turno, sem o desgaste de uma briga intestina na base aliada, o governo federal não ficaria sem base na capital gaúcha.

Confira os vereadores mais votados de Porto Alegre:

1) Pedro Ruas (PSOL) 14610


2) João Derly (PC do B) 14038


3) Guilherme Sociais Villela (PP) 13574


4) Márcio Bins Ely (PDT) 13336


5) Dr. Thiago Duarte (PDT) 11935


6) Kevin Krieger (PP) 11444


7) Mauro Zacher (PDT) 11244


8) Claudio Janta (PDT) 10675


9) Cássio Trogildo (PTB) 9541


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