Política

Demóstenes diz que é vítima da ‘ditadura da perseguição’

Pedido de cassação foi votado por pressão da mídia, declarou o senador

O senador Demóstenes Torres. Foto: Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Luciana Lima


Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em mais um discurso para tentar salvar seu mandato, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) voltou a se dizer vítima de uma “ditadura da perseguição”. Ele ocupou nesta segunda-feira 9 a tribuna do Senado para defender que os colegas que votaram a favor do pedido de cassação de seu mandato o fizeram não por descrença em sua idoneidade, mas por pressão da mídia. “Fizeram porque foram colocados sobre seu peito uma enxurrada de matérias. Não quiseram ser as vítimas da vez. A mídia considera impuro o que de mim se aproxima”, disse o senador.

Na semana passada, Demóstenes ocupou a tribuna do Senado por cinco vezes e prometeu falar em todas as sessões que antecedem seu julgamento, marcado para quarta-feira (11) no plenário do Senado. Para aprovar o pedido de cassação são necessários 41 votos, dos 81 senadores. A votação em plenário será feita de forma secreta.

“Vivemos a ditadura da perseguição, que se aproveitou de um relatório vazado criminosamente”, considerou o senador, referindo-se à divulgação dos diálogos realizados pela Polícia Federal no âmbito das operações Vegas e Monte Carlo, que o flagraram em diálogos com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como líder de uma organização criminosa que teria cooptado políticos e empresários.

Demóstenes é acusado de ter colocado seu mandato a serviço de Cachoeira. O pedido de cassação do seu mandato foi aprovado de forma unânime pelo Conselho de Ética e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Adotando um tom dramático, Demóstenes disse que sua luta para não perder o mandato atende ao propósito de salvar sua honra. “A desonra é pior que a morte. Por isso que eu preferi lutar para salvar o meu mandato”, disse o senador.

Demóstenes tentou convencer os senadores que sua cassação, caso seja aprovada, será injusta porque será motivada pelo sensacionalismo. “Reafirmo a minha inocência e asseguro que estou sendo sacrificado por uma grande injustiça. Insisto que não há provas contra mim e estas [provas] carnavalizadas pela imprensa são ilegais e foram montadas”

“É preciso relembrar que estamos na antevéspera do momento em que o Senado não pode se curvar ao sensacionalismo. Depois de amanhã, esta Casa vai votar um projeto de resolução que determina a perda do meu mandato. Se ele for aprovado, será a maior injustiça da história do Parlamento brasileiro.”

 

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

Luciana Lima


Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em mais um discurso para tentar salvar seu mandato, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) voltou a se dizer vítima de uma “ditadura da perseguição”. Ele ocupou nesta segunda-feira 9 a tribuna do Senado para defender que os colegas que votaram a favor do pedido de cassação de seu mandato o fizeram não por descrença em sua idoneidade, mas por pressão da mídia. “Fizeram porque foram colocados sobre seu peito uma enxurrada de matérias. Não quiseram ser as vítimas da vez. A mídia considera impuro o que de mim se aproxima”, disse o senador.

Na semana passada, Demóstenes ocupou a tribuna do Senado por cinco vezes e prometeu falar em todas as sessões que antecedem seu julgamento, marcado para quarta-feira (11) no plenário do Senado. Para aprovar o pedido de cassação são necessários 41 votos, dos 81 senadores. A votação em plenário será feita de forma secreta.

“Vivemos a ditadura da perseguição, que se aproveitou de um relatório vazado criminosamente”, considerou o senador, referindo-se à divulgação dos diálogos realizados pela Polícia Federal no âmbito das operações Vegas e Monte Carlo, que o flagraram em diálogos com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como líder de uma organização criminosa que teria cooptado políticos e empresários.

Demóstenes é acusado de ter colocado seu mandato a serviço de Cachoeira. O pedido de cassação do seu mandato foi aprovado de forma unânime pelo Conselho de Ética e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Adotando um tom dramático, Demóstenes disse que sua luta para não perder o mandato atende ao propósito de salvar sua honra. “A desonra é pior que a morte. Por isso que eu preferi lutar para salvar o meu mandato”, disse o senador.

Demóstenes tentou convencer os senadores que sua cassação, caso seja aprovada, será injusta porque será motivada pelo sensacionalismo. “Reafirmo a minha inocência e asseguro que estou sendo sacrificado por uma grande injustiça. Insisto que não há provas contra mim e estas [provas] carnavalizadas pela imprensa são ilegais e foram montadas”

“É preciso relembrar que estamos na antevéspera do momento em que o Senado não pode se curvar ao sensacionalismo. Depois de amanhã, esta Casa vai votar um projeto de resolução que determina a perda do meu mandato. Se ele for aprovado, será a maior injustiça da história do Parlamento brasileiro.”

 

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo