Política

CPI do Cachoeira vota convocação de governadores nesta terça

A comissão também decidirá sobre a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da direção nacional da empreiteira Delta

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A CPI do Cachoeira terá um dia decisivo nesta terça-feira 29 para mostrar se tem capacidade, e vontade, de investigar de verdade a quadrilha comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e suas ligações com agentes públicos e privados. Nesta terça, a comissão decide se convoca os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e se quebra os sigilos bancário, fiscal e telefônico da direção nacional da empreiteira Delta.

A convocação dos governadores pode dar novo fôlego ao trabalho da CPI após uma semana inútil. Na terça-feira passada, Cachoeira esteve na comissão e não respondeu nenhuma pergunta. Na quinta, outros três investigados fizeram o mesmo: o ex-vereador de Goiânia (GO) Wladmir Garcez (PSDB) e os arapongas Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e Jairo Martins de Souza.

A convocação de Agnelo, Perillo e Cabral têm causado discussões entre os congressistas da base e da oposição desde a instalação da CPI. Os dois lados negam, mas há fortes indícios de que, há duas semanas, houve um “acordão” para postergar a convocação dos três.

Já a ampliação das investigações da Delta foi defendida pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), na semana passada. Segundo o relator, a quebra de sigilos das filiais da Delta no Centro-Oeste apontou indícios de que o ex-diretor Cláudio Abreu tinha autorização para movimentar contas nacionais da construtora. Antes, Cunha desejava manter o início da investigação restrito aos negócios da Delta no Centro-Oeste.

A CPI terá outras duas sessões nesta semana. Na quarta-feira 30, a comissão ouvirá o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e outros três funcionários da empresa. O senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) será ouvido na quinta-feira 31. Todos podem ficar calados se assim desejarem.

Demóstenes se defenderá no Conselho de Ética

Pela manhã, Demóstenes vai apresentar sua defesa ao Conselho de Ética do Senado. Demóstenes deve usar os primeiros 20 minutos da sessão para ler a sua defesa. Em seguida, deve responder as perguntas dos colegas.

O relator do processo contra Demóstenes, senador Humberto Costa (PT-PE), acusa o senador de mentir no plenário em 6 de março. Demóstenes afirmou naquele dia que atuava contra a legalização dos jogos de azar no país apesar de ser amigo de Carlinhos Cachoeira.

Segundo o relator, a fala do senador não condiz com a atuação dele. Demóstenes teria votado favoravelmente à legalização dos jogos em diversos momentos. O processo no Conselho de Ética pode resultar na perda do mandato do senador caso os integrantes do Conselho e, posteriormente, o plenário do Senado assim desejarem.

A CPI do Cachoeira terá um dia decisivo nesta terça-feira 29 para mostrar se tem capacidade, e vontade, de investigar de verdade a quadrilha comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e suas ligações com agentes públicos e privados. Nesta terça, a comissão decide se convoca os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e se quebra os sigilos bancário, fiscal e telefônico da direção nacional da empreiteira Delta.

A convocação dos governadores pode dar novo fôlego ao trabalho da CPI após uma semana inútil. Na terça-feira passada, Cachoeira esteve na comissão e não respondeu nenhuma pergunta. Na quinta, outros três investigados fizeram o mesmo: o ex-vereador de Goiânia (GO) Wladmir Garcez (PSDB) e os arapongas Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e Jairo Martins de Souza.

A convocação de Agnelo, Perillo e Cabral têm causado discussões entre os congressistas da base e da oposição desde a instalação da CPI. Os dois lados negam, mas há fortes indícios de que, há duas semanas, houve um “acordão” para postergar a convocação dos três.

Já a ampliação das investigações da Delta foi defendida pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), na semana passada. Segundo o relator, a quebra de sigilos das filiais da Delta no Centro-Oeste apontou indícios de que o ex-diretor Cláudio Abreu tinha autorização para movimentar contas nacionais da construtora. Antes, Cunha desejava manter o início da investigação restrito aos negócios da Delta no Centro-Oeste.

A CPI terá outras duas sessões nesta semana. Na quarta-feira 30, a comissão ouvirá o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e outros três funcionários da empresa. O senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO) será ouvido na quinta-feira 31. Todos podem ficar calados se assim desejarem.

Demóstenes se defenderá no Conselho de Ética

Pela manhã, Demóstenes vai apresentar sua defesa ao Conselho de Ética do Senado. Demóstenes deve usar os primeiros 20 minutos da sessão para ler a sua defesa. Em seguida, deve responder as perguntas dos colegas.

O relator do processo contra Demóstenes, senador Humberto Costa (PT-PE), acusa o senador de mentir no plenário em 6 de março. Demóstenes afirmou naquele dia que atuava contra a legalização dos jogos de azar no país apesar de ser amigo de Carlinhos Cachoeira.

Segundo o relator, a fala do senador não condiz com a atuação dele. Demóstenes teria votado favoravelmente à legalização dos jogos em diversos momentos. O processo no Conselho de Ética pode resultar na perda do mandato do senador caso os integrantes do Conselho e, posteriormente, o plenário do Senado assim desejarem.

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