Política

Candidatos partem para o ataque no segundo debate da tevê

Se no primeiro debate a prefeito de São Paulo o tom foi ameno, com os candidatos se estudando, no segundo, realizado nesta segunda-feira 3 pela Rede TV! e Folha de S. Paulo, os postulantes partiram para o ataque direto. Durante as quase duas horas de […]

Primeiro bloco foi marcado por confrontos diretos entre os candidatos.
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Se no primeiro debate a prefeito de São Paulo o tom foi ameno, com os candidatos se estudando, no segundo, realizado nesta segunda-feira 3 pela Rede TV! e Folha de S. Paulo, os postulantes partiram para o ataque direto. Durante as quase duas horas de discussão, candidatos se chamaram de mentirosos e foram lembradas relações com Paulo Maluf (PP), os mensalões tucano e petista, as privatizações do PSDB e a gestão de Gilberto Kassab (PSD). Em suma, um reflexo do cenário atual da campanha eleitoral, que vive momento acirrado.

Haddad x Russomano e Serra x Chalita

No primeiro bloco, Fernando Haddad (PT) perguntou a Celso Russomano (PRB) porque ele era contra o bilhete único mensal, proposta do petista que vem sendo critica pelos seus adversários. Russomanno disse que implantaria a medida se ela fosse viável, mas não havia vistos os “dados” de Haddad. “Eu faço propostas em cima do que é possível. Se você tem estudos que comprovam, se fosse viável eu seria o primeiro a implantar”, disse Russomanno.

José Serra (PSDB) e Chalita se chamaram de mentirosos. O peemedebista perguntou porque o tucano teria fechado 200 escolas de tempo integral em seu mandato como governador, que assumiu em 2006 após Chalita sair da secretaria da Educação que comandava no governo de Geraldo Alckmin.  Serra negou ter fechado as escolas. Em seguida, Chalita insistiu e, na sua réplica, Serra atacou o peemedebista. “Ele está mentindo aqui na televisão”, disse Serra. “Ele não tem praticamente nada para apresentar”.

Chalita aproveitou o tempo que teve após uma pergunta mal formulada de Levy Fidelix (PRTB) para voltar ao assunto. O peemedebista disse que Serra faltou com a verdade “Quem disse que não conheci o Paulo Preto? Que não sairia da prefeitura?”, disse referindo-se a Serra. Em sua fala, o peemedebista lembrava um suposto arrecadador de dinheiro ilegal para a campanha de Serra à presidência em 2010 e ao fato dele ter abandonado seu cargo na prefeitura após menos de dois anos de mandato para se eleger governador em 2006.

Maluf, a sombra de Haddad

Ao fazer sua pergunta no primeiro bloco a Haddad, Soninha (PPS) se resumiu a uma frase curta: “E o Maluf?”. O PT se aliou ao PP nessas eleições, partido do deputado federal Paulo Maluf. “Eu não gosto de fulanizar. Poderia até dizer que o Russomanno é apoiado pelo Roberto Jefferson, que o José Serra é apoiado pelo Valdemar da Costa Neto”, disse o petista, referindo-se a réus do “mensalão” aliados aos outros candidatos. Haddad repetiu o discurso usado anteriormente na campanha, de que buscou todos os partidos da base aliada da presidenta Dilma Rousseff. Em sua réplica, Soninha lembrou da deputada federal Luiza Erundina (PSB), que desistiu da vice na chapa de Haddad alegando insatisfação com a presença de Maluf na aliança.

Russomano: “Meu partido aceita gays”

No segundo bloco, Russomanno foi questionado sobre a relação do seu partido com a Igreja Universal, do bispo Edir Macedo. O candidato alegou que a maioria dos filiados ao seu partido são católicos. Somente 20% do seu partido seria formado por evangélicos, sendo 6% deles da Universal. Em sua réplica, Serra disse que Russomanno “é efetivamente apoiado pela Igreja Universal e por seus órgãos de comunicação.” Ele também se referiu ao bispo Marcos Pereira, presidente do PRB e bispo da Universal, e declarou que seu partido “aceita gays”.

Giannazi x Paulinho


O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) fez uma pergunta sobre corrupção para Paulinho da Força (PDT) e, em sua réplica, aproveitou para atacar outros partidos. “Como você vai fazer ser contra a corrupção se o seu partido é base de apoio do PT em Brasília, partido envolvido no caso do “mensalão”, que fez aliança com o Maluf em São Paulo. Se é aliado aqui em São Paulo do PSDB, envolvido na privataria tucana, CPI do cachoeira, no mensalão mineiro. Eu fico imaginando como você vai ter condição sendo base de sustentação de partidos envolvidos em grandes escândalos”, disse o candidato do PSOL.

Em sua reposta, Paulinho disse que Giannazi fala isso por “ser o único deputado do partido”. “A gente nem liga muito para o que vocês falam. Se prestar atenção com o que vocês falam a gente perde muito tempo com vocês”, disse o candidato do PDT.

Após os dois blocos iniciais, os candidatos amenizaram o tom nos seguintes. Sobrou para a gestão atual de Gilberto Kassab, que ouviu críticas no transporte público, segurança pública e educação.


*colaborou Fernando Vives

Se no primeiro debate a prefeito de São Paulo o tom foi ameno, com os candidatos se estudando, no segundo, realizado nesta segunda-feira 3 pela Rede TV! e Folha de S. Paulo, os postulantes partiram para o ataque direto. Durante as quase duas horas de discussão, candidatos se chamaram de mentirosos e foram lembradas relações com Paulo Maluf (PP), os mensalões tucano e petista, as privatizações do PSDB e a gestão de Gilberto Kassab (PSD). Em suma, um reflexo do cenário atual da campanha eleitoral, que vive momento acirrado.

Haddad x Russomano e Serra x Chalita

No primeiro bloco, Fernando Haddad (PT) perguntou a Celso Russomano (PRB) porque ele era contra o bilhete único mensal, proposta do petista que vem sendo critica pelos seus adversários. Russomanno disse que implantaria a medida se ela fosse viável, mas não havia vistos os “dados” de Haddad. “Eu faço propostas em cima do que é possível. Se você tem estudos que comprovam, se fosse viável eu seria o primeiro a implantar”, disse Russomanno.

José Serra (PSDB) e Chalita se chamaram de mentirosos. O peemedebista perguntou porque o tucano teria fechado 200 escolas de tempo integral em seu mandato como governador, que assumiu em 2006 após Chalita sair da secretaria da Educação que comandava no governo de Geraldo Alckmin.  Serra negou ter fechado as escolas. Em seguida, Chalita insistiu e, na sua réplica, Serra atacou o peemedebista. “Ele está mentindo aqui na televisão”, disse Serra. “Ele não tem praticamente nada para apresentar”.

Chalita aproveitou o tempo que teve após uma pergunta mal formulada de Levy Fidelix (PRTB) para voltar ao assunto. O peemedebista disse que Serra faltou com a verdade “Quem disse que não conheci o Paulo Preto? Que não sairia da prefeitura?”, disse referindo-se a Serra. Em sua fala, o peemedebista lembrava um suposto arrecadador de dinheiro ilegal para a campanha de Serra à presidência em 2010 e ao fato dele ter abandonado seu cargo na prefeitura após menos de dois anos de mandato para se eleger governador em 2006.

Maluf, a sombra de Haddad

Ao fazer sua pergunta no primeiro bloco a Haddad, Soninha (PPS) se resumiu a uma frase curta: “E o Maluf?”. O PT se aliou ao PP nessas eleições, partido do deputado federal Paulo Maluf. “Eu não gosto de fulanizar. Poderia até dizer que o Russomanno é apoiado pelo Roberto Jefferson, que o José Serra é apoiado pelo Valdemar da Costa Neto”, disse o petista, referindo-se a réus do “mensalão” aliados aos outros candidatos. Haddad repetiu o discurso usado anteriormente na campanha, de que buscou todos os partidos da base aliada da presidenta Dilma Rousseff. Em sua réplica, Soninha lembrou da deputada federal Luiza Erundina (PSB), que desistiu da vice na chapa de Haddad alegando insatisfação com a presença de Maluf na aliança.

Russomano: “Meu partido aceita gays”

No segundo bloco, Russomanno foi questionado sobre a relação do seu partido com a Igreja Universal, do bispo Edir Macedo. O candidato alegou que a maioria dos filiados ao seu partido são católicos. Somente 20% do seu partido seria formado por evangélicos, sendo 6% deles da Universal. Em sua réplica, Serra disse que Russomanno “é efetivamente apoiado pela Igreja Universal e por seus órgãos de comunicação.” Ele também se referiu ao bispo Marcos Pereira, presidente do PRB e bispo da Universal, e declarou que seu partido “aceita gays”.

Giannazi x Paulinho


O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) fez uma pergunta sobre corrupção para Paulinho da Força (PDT) e, em sua réplica, aproveitou para atacar outros partidos. “Como você vai fazer ser contra a corrupção se o seu partido é base de apoio do PT em Brasília, partido envolvido no caso do “mensalão”, que fez aliança com o Maluf em São Paulo. Se é aliado aqui em São Paulo do PSDB, envolvido na privataria tucana, CPI do cachoeira, no mensalão mineiro. Eu fico imaginando como você vai ter condição sendo base de sustentação de partidos envolvidos em grandes escândalos”, disse o candidato do PSOL.

Em sua reposta, Paulinho disse que Giannazi fala isso por “ser o único deputado do partido”. “A gente nem liga muito para o que vocês falam. Se prestar atenção com o que vocês falam a gente perde muito tempo com vocês”, disse o candidato do PDT.

Após os dois blocos iniciais, os candidatos amenizaram o tom nos seguintes. Sobrou para a gestão atual de Gilberto Kassab, que ouviu críticas no transporte público, segurança pública e educação.


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