Mundo

Maduro diz que aproximação entre Venezuela e Estados Unidos está longe

No sábado 4, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou nota responsabilizando os Estados Unidos pelo planejamento da violência no país

O então chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, chega ao Palácio Itamaraty para encontro com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em maio de 2011. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que não vê no horizonte perspectiva de melhoria nas relações com o governo dos Estados Unidos. Segundo ele, a possibilidade de aproximação com os norte-americanos foi reduzida depois das declarações do presidente Barack Obama, no começo do mês, no México, sobre Maduro e a Venezuela.

Obama indicou que não reconhece a eleição de Maduro como legítima porque tem dúvidas se os princípios básicos da democracia, como as liberdades de imprensa e de reunião, foram respeitados. No sábado 4, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou nota responsabilizando os Estados Unidos pelo planejamento da violência no país.

Para Maduro, Obama “fracassou” nas intenções que tinha ao ser eleito. De acordo com ele, o atual governo norte-americano é comandado pelo Pentágono (Departamento de Defesa dos Estados Unidos) e a Agência de Inteligência (cuja sigla em inglês é CIA). “Eles [os norte-americanos dizem que são os americanos e que nós não somos nada às suas pretensões”, ressaltou Maduro. “Nosso projeto é que se respeite a Venezuela.”

Nicolás Maduro ressaltou os avanços conquistados na América Latina, com as parcerias entre os países. Citou, entre esses avanços, a criação da Petrocaribe, do Mercosul, da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa  América (Alba), União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e  Comunidade de Nações Latino-Americanas e Caribenhas (Celac).

Emocionado, o presidente venezuelano disse que a Cúpula de Petrocaribe é a “melhor homenagem a [Hugo] Chávez”, que morreu em 5 de março vítima de um câncer, do qual vinha se tratando há quase dois anos. “Nosso povo lembrou os dois meses da partida do comandante supremo [Chávez], enquanto a direita fascista arde de ódio por tanto amor chavista”.


*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.