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OEA quer resolver conflito no Paraguai por meio do diálogo

Secretário-geral diz que não foi golpe, mas critica falta de tempo de defesa a Fernando Lugo

Lugo deixa encontro com aliados em Assunção, na segunda-feira 25. Foto: Norberto Duarte / AFP
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Por Roberta Lopes*

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse nesta terça-feira 26 que a entidade só atua para resolver conflitos por meio do diálogo com as partes. Ele recordou que durante o golpe que depôs o ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya a OEA não interveio no processo.

Insulza afirmou que o que ocorre no Paraguai é uma crise institucional devido ao impeachment de Fernando Lugo, mas disse acreditar que não houve um golpe de estado como denunciam o ex-presidente e grande parte da comunidade internacional. “Não quero dar qualificações, o [ex-presidente Lugo] não falou em golpe constitucional. Houve uma decisão do Congresso [paraguaio] com a maioria necessária, mas não se deu a ele a possibilidade de se defender”, explicou.

O secretário-geral disse que o papel da OEA não será o de anular o impeachment. “Não vamos arbitrar o problema. Não vamos ser um tribunal que diga quem tem a razão. O que nós podemos fazer é buscar uma saída construtiva”, destacou.

Nesta terça e na quarta-feira 27, a organização irá se reunir para tratar da crise no Paraguai. Uma reunião extraordinária do Conselho Permanente foi convocada para debater o tema.

O ex-presidente Fernando Lugo sofreu processo de impeachment na sexta-feira (22) acusado de má gestão. Em menos de 24 horas, a Câmara e o Senado paraguaio aprovaram a saída de Lugo da Presidência. O vice-presidente, Federico Franco, assumiu o poder.


O governo brasileiro condenou a forma como o processo foi conduzido e disse que foi dado pouco tempo para Lugo se defender.

*Publicado originalmente na Agência Brasil

Por Roberta Lopes*

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse nesta terça-feira 26 que a entidade só atua para resolver conflitos por meio do diálogo com as partes. Ele recordou que durante o golpe que depôs o ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya a OEA não interveio no processo.

Insulza afirmou que o que ocorre no Paraguai é uma crise institucional devido ao impeachment de Fernando Lugo, mas disse acreditar que não houve um golpe de estado como denunciam o ex-presidente e grande parte da comunidade internacional. “Não quero dar qualificações, o [ex-presidente Lugo] não falou em golpe constitucional. Houve uma decisão do Congresso [paraguaio] com a maioria necessária, mas não se deu a ele a possibilidade de se defender”, explicou.

O secretário-geral disse que o papel da OEA não será o de anular o impeachment. “Não vamos arbitrar o problema. Não vamos ser um tribunal que diga quem tem a razão. O que nós podemos fazer é buscar uma saída construtiva”, destacou.

Nesta terça e na quarta-feira 27, a organização irá se reunir para tratar da crise no Paraguai. Uma reunião extraordinária do Conselho Permanente foi convocada para debater o tema.

O ex-presidente Fernando Lugo sofreu processo de impeachment na sexta-feira (22) acusado de má gestão. Em menos de 24 horas, a Câmara e o Senado paraguaio aprovaram a saída de Lugo da Presidência. O vice-presidente, Federico Franco, assumiu o poder.


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