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Síria: Não há conclusão sobre armas químicas, diz ONU

O presidente da Comissão de Investigação, Paulo Sérgio Pinheiro, desmentiu as afirmações de uma inspetora sobre o uso do gás sarin por rebeldes

Mulheres e crianças caminham diante de hospital destruído em Aleppo, norte da Síria. Foto: ©afp.com / Miguel Medina
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GENEBRA (AFP) – O presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, negou nesta segunda-feira 6 que haja ‘evidências conclusivas’ de que alguma das partes em conflito no país usou armas químicas.

‘A Comissão deseja esclarecer que não encontrou evidências conclusivas do uso de armas químicas na Síria por alguma das partes em conflito. Portanto, a Comissão não pode fazer mais comentários a respeito neste momento’, assinala o presidente em comunicado.

A afirmação de Pinheiro vai em oposição a da inspetora, Carla del Ponte, integrante de sua Comissão. Em entrevista concedida a uma rádio suíça, Del Ponte afirmou que “segundo os testemunhos que ouvimos, os rebeldes utilizaram armas químicas e recorreram ao gás sarin”. “Ainda temos que aprofundar nossas investigações para verificá-las e confirmá-las com novos depoimentos, mas com que sabemos até agora são os opositores do regime os que utilizaram gás sarin”, disse a inspetora que também foi promotora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII).

Del Ponte explicou que as investigações da comissão da ONU, que apresentará suas conclusões na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em junho, ainda não estão concluídas. As investigações em curso também devem esclarecer se o regime de Bashar al-Assad utilizou ou não armas químicas.

As autoridades turcas também estão investigando o uso de armas químicas na Síria e iniciaram exames de sangue nos refugiados sírios que entraram no país e que participaram nos combates para determinar se foram expostos, informou uma fonte médica turca que pediu anonimato.

O sarin é um potente gás neurotóxico descoberto na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial e que foi utilizado em um ataque no metrô de Tóquio em 1995.

O gás é inodoro e invisível. Pode provocar a morte por inalação ou contato com a pele.

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