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EUA fecham embaixada em Damasco e Rússia negocia alternativa

EUA endurecem medidas diplomáticas para isolar Bashar al-Assad, enquanto ministro russo vai ao país negociar saída para não prejudicar comércio de armas com Damasco

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Os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira 6, o fechamento de sua embaixada em Damasco, como mais uma medida de retaliação diplomática ao regime de Bashar al-Assad. O Departamento de Estado Americano disse que o embaixador, Robert Ford, já deixou o país junto com o restante dos funcionários americanos. As informações são da BBC.

O Departamento afirmou ainda que as autoridades sírias falharam em responder adequadamente a suas preocupações de segurança.

Correspondentes dizem que a decisão pretende isolar ainda mais a Síria dias depois que a Rússia e a China vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da Onu contra o presidente Bashar al-Assad.

Saída alternativa

O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, que vetou, junto com a Pequim, a resolução do Conselho de Segurança da ONU contra a Síria neste sábado 4, disse que a raiva dos países ocidentais e árabes contra o veto de Moscou é “histérica”. Ele chegou a Damasco nesta terça-feira 7, para negociações com o presidente Bashar al-Assad, em meio a temores de que o Exército esteja prestes a invadir a cidade rebelde de Homs.

Centenas de pessoas morreram em Homs desde sexta-feira 3, segundo ativistas e testemunhas, e a cidade – bastião da insurgência contra Assad – amanheceu sob ataques pesados com barragens de artilharia nesta terça-feira 7.

O gabinete de Lavrov disse que o ministro foi a Damasco porque Moscou busca “a mais rápida estabilização da situação na Síria”.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland exortou Lavrov a “usar essa oportunidade para deixar totalmente claro para o regime de Assad o quão isolado ele está, e para encorajar Assad e seus aliados a usarem o plano da Liga Árabe e permitir uma transição”.

A Rússia é a principal fornecedora de armas para Damasco. O porto sírio de Tartus abriga a única base naval russa no Mediterrâneo.

Ataque por terra

Forças do governo vêm atacando desde sexta-feira, com barragens de artilharia, o bastião rebelde de Homs. Testemunhas e ativistas dizem que centenas de pessoas morreram na cidade – 95 delas na segunda-feira.

O repórter da BBC Paul Wood – um dos poucos jornalistas estrangeiros em Homs – diz que o Exército sírio começou a bombardear a cidade por volta das 6h (2h hora Brasília) desta terça-feira. Segundo Wood, os moradores de Homs temem que o Exército esteja planejando um ataque por terra à cidade.

O governo sírio – que vem combatendo uma onda de revolta contra o regime de Assad desde março – diz estar lutando contra gangues armadas apoiadas por estrangeiros. No entanto, milhares de soldados desertaram e passaram para o lado rebelde, formando o Exército da Síria Livre.

O ativista Mohammed al-Hassan disse em Homs que o bombardeio desta terça-feira foi mais focado no bairro de Baba Amr, onde grande parte da insurgência armada se concentra.

“Não há eletricidade e todas as linhas de comunicação com a vizinhança foram cortadas”, disse ele.

Os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira 6, o fechamento de sua embaixada em Damasco, como mais uma medida de retaliação diplomática ao regime de Bashar al-Assad. O Departamento de Estado Americano disse que o embaixador, Robert Ford, já deixou o país junto com o restante dos funcionários americanos. As informações são da BBC.

O Departamento afirmou ainda que as autoridades sírias falharam em responder adequadamente a suas preocupações de segurança.

Correspondentes dizem que a decisão pretende isolar ainda mais a Síria dias depois que a Rússia e a China vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da Onu contra o presidente Bashar al-Assad.

Saída alternativa

O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, que vetou, junto com a Pequim, a resolução do Conselho de Segurança da ONU contra a Síria neste sábado 4, disse que a raiva dos países ocidentais e árabes contra o veto de Moscou é “histérica”. Ele chegou a Damasco nesta terça-feira 7, para negociações com o presidente Bashar al-Assad, em meio a temores de que o Exército esteja prestes a invadir a cidade rebelde de Homs.

Centenas de pessoas morreram em Homs desde sexta-feira 3, segundo ativistas e testemunhas, e a cidade – bastião da insurgência contra Assad – amanheceu sob ataques pesados com barragens de artilharia nesta terça-feira 7.

O gabinete de Lavrov disse que o ministro foi a Damasco porque Moscou busca “a mais rápida estabilização da situação na Síria”.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland exortou Lavrov a “usar essa oportunidade para deixar totalmente claro para o regime de Assad o quão isolado ele está, e para encorajar Assad e seus aliados a usarem o plano da Liga Árabe e permitir uma transição”.

A Rússia é a principal fornecedora de armas para Damasco. O porto sírio de Tartus abriga a única base naval russa no Mediterrâneo.

Ataque por terra

Forças do governo vêm atacando desde sexta-feira, com barragens de artilharia, o bastião rebelde de Homs. Testemunhas e ativistas dizem que centenas de pessoas morreram na cidade – 95 delas na segunda-feira.

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O governo sírio – que vem combatendo uma onda de revolta contra o regime de Assad desde março – diz estar lutando contra gangues armadas apoiadas por estrangeiros. No entanto, milhares de soldados desertaram e passaram para o lado rebelde, formando o Exército da Síria Livre.

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“Não há eletricidade e todas as linhas de comunicação com a vizinhança foram cortadas”, disse ele.

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