Economia

Queda nas importações ajudou no crescimento do PIB, diz analista

Para professor da Unicamp, medidas de defesa comercial sobre importados ajudaram a dar mais fôlego à indústria

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O crescimento de apenas 0,6% do PIB brasileiro no terceiro trimestre deste ano, divulgado nesta sexta-feira 30 pelo IBGE, teve forte impacto dos resultados positivos da agropecuária (alta de 2,5%) e da indústria (1,1%). Mas há outro fator que impulsionou o crescimento, mesmo que de forma mais modesta: a queda das importações em 6,5%.

As medidas de defesa comercial e o aumento de impostos sobre importações realizadas pelo governo federal possibilitaram a menor entrada de produtos confecionados no exterior no período. Isso pode ter contribuído para os melhores resultados da indústria brasileira, aliado ao câmbio mais favorável para a exportação de produtos nacionais devido à cotação do dólar ter se aproximado de 2 reais. O IBGE mostra uma alta de 2% nas exportações neste trimestre.

“Essa queda nas importações não é um reflexo de um espetacular aumento da nossa competitividade, que melhorou no período porque o câmbio é mais favorável, mas não o bastante para justificar esse dado. Isso foi um resultado de medidas de defesa comercial”, diz o economista Júlio Sergio Gomes de Almeida, professor da Unicamp.

Segundo o IBGE, o PIB chegou a 1.098,3 bilhão de reais no acumulado do ano e avançou 0,7% em relação ao mesmo período de 2011.

Apesar de considerar o crescimento de 0,6% abaixo do esperado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta sexta-feira, em São Paulo, que está satisfeito com o resultado e que a reação da economia brasileira durante os últimos trimestres reflete a recuperação de todos os setores econômicos. “A taxa não foi tudo aquilo que esperávamos, mas estamos na direção certa”, avaliou.

Mantega anunciou que o governo federal manterá os estímulos, incluindo novas medidas no âmbito do financiamento a serem reveladas na próxima semana. Para o quarto trimestre, o ministro prevê um crescimento de 1% na economia e, para o próximo ano, o PIB deverá crescer 4%.

A surpresa nos dados do IBGE foi o desempenho do setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB nacional. A estagnação foi influenciada principalmente pela queda de 1,3% na atividade de intermediação financeira, previdência complementar e serviços relativos. “O setor de serviços é eventualmente contaminado pelo declínio sucessivo que a indústria vinha tendo. A indústria melhorou, mas não em tempo de melhorar os serviços”, diz Almeida.

O PIB brasileiro teve o menor desempenho entre os países do Brics, grupo das economias em desenvolvimento, na comparação interanual entre os terceiros trimestres. A China continua em primeiro lugar com PIB de 7,4%, seguido da Índia (5,3%), Rússia (2,9%) e África do Sul (2,3%).

Com informações Agência Brasil.

O crescimento de apenas 0,6% do PIB brasileiro no terceiro trimestre deste ano, divulgado nesta sexta-feira 30 pelo IBGE, teve forte impacto dos resultados positivos da agropecuária (alta de 2,5%) e da indústria (1,1%). Mas há outro fator que impulsionou o crescimento, mesmo que de forma mais modesta: a queda das importações em 6,5%.

As medidas de defesa comercial e o aumento de impostos sobre importações realizadas pelo governo federal possibilitaram a menor entrada de produtos confecionados no exterior no período. Isso pode ter contribuído para os melhores resultados da indústria brasileira, aliado ao câmbio mais favorável para a exportação de produtos nacionais devido à cotação do dólar ter se aproximado de 2 reais. O IBGE mostra uma alta de 2% nas exportações neste trimestre.

“Essa queda nas importações não é um reflexo de um espetacular aumento da nossa competitividade, que melhorou no período porque o câmbio é mais favorável, mas não o bastante para justificar esse dado. Isso foi um resultado de medidas de defesa comercial”, diz o economista Júlio Sergio Gomes de Almeida, professor da Unicamp.

Segundo o IBGE, o PIB chegou a 1.098,3 bilhão de reais no acumulado do ano e avançou 0,7% em relação ao mesmo período de 2011.

Apesar de considerar o crescimento de 0,6% abaixo do esperado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta sexta-feira, em São Paulo, que está satisfeito com o resultado e que a reação da economia brasileira durante os últimos trimestres reflete a recuperação de todos os setores econômicos. “A taxa não foi tudo aquilo que esperávamos, mas estamos na direção certa”, avaliou.

Mantega anunciou que o governo federal manterá os estímulos, incluindo novas medidas no âmbito do financiamento a serem reveladas na próxima semana. Para o quarto trimestre, o ministro prevê um crescimento de 1% na economia e, para o próximo ano, o PIB deverá crescer 4%.

A surpresa nos dados do IBGE foi o desempenho do setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB nacional. A estagnação foi influenciada principalmente pela queda de 1,3% na atividade de intermediação financeira, previdência complementar e serviços relativos. “O setor de serviços é eventualmente contaminado pelo declínio sucessivo que a indústria vinha tendo. A indústria melhorou, mas não em tempo de melhorar os serviços”, diz Almeida.

O PIB brasileiro teve o menor desempenho entre os países do Brics, grupo das economias em desenvolvimento, na comparação interanual entre os terceiros trimestres. A China continua em primeiro lugar com PIB de 7,4%, seguido da Índia (5,3%), Rússia (2,9%) e África do Sul (2,3%).

Com informações Agência Brasil.

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