Economia

O grande salto da inovação

Não se enfrentam velhos problemas com velhas soluções. A questão da inovação das empresas brasileiras, ponto central da luta pelo crescimento sustentado, recebeu ontem seu maior reforço desde o início da abertura econômica, nos anos 90: o Plano Inova Empresa. Todo plano público, para ter […]

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Não se enfrentam velhos problemas com velhas soluções. A questão da inovação das empresas brasileiras, ponto central da luta pelo crescimento sustentado, recebeu ontem seu maior reforço desde o início da abertura econômica, nos anos 90: o Plano Inova Empresa.

Todo plano público, para ter credibilidade, necessita de duas pernas: recursos disponíveis e modelos claros de implementação.

A parte mais visível do Plano são os recursos envolvidos, de R$ 32,9 bilhões a serem aplicados em 2013 e 2014.

A parte mais relevante, a articulação dos diversos instrumentos de política de pesquisa e inovação e dos diversos organismos espalhados por todo o país.

A montagem do plano envolveu oito ministérios (Saúde, Defesa, Agricultura, Educação, Trabalho, Comunicações, Minas e Energia e Meio Ambiente), instituições estaduais (rede de fundações de amparo à pesquisa), instituições empresariais (CNI, Federações), grandes empresas públicas (Petrobras, BNDES).

Também foi constituída a Embrapi (Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa Industrial), uma organização social incumbida de estimular a pesquisa empresarial.

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Foram definidos três objetivos centrais para o Plano:

1. Fomento a plano de inovação empresariais.


2. Descentralização do crédito e da subvenção econômica para médias e pequenas empresas.


3. Novo modelo de fomento à inovação, com a articulação de diversas instituições públicas, uso coordenados dos instrumentos de crédito, gestão integrada entre todos os agentes e redução do prazo e simplificação administrativa.

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Debaixo do seu guarda-chuva, entraram também os recursos das instituições parcerias, ANP (Agência Nacional de Petróleo), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações  e do Sebrae).

Foram definidas oito áreas prioritárias: cadeia agropecuária, energia, petróleo e gás, complexo da sáude, complexo aeroespacial e defesa, TICs (Tecnologia de Informação) e Sustentabilidade Socioambiental.

Para cada área, por sua vez, foram definidas as linhas de inovação consideradas prioritárias.

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Um dos pontos relevantes do Plano será o investimento em infraestrutura para inovação. Um dos obstáculos para a inovação nas empresas é o custo de investimentos em laboratórios.

O Plano pretende investir em modelos tipo o Laboratório Nacional de Luz Síncroton, da Unicamp, uma OS (Organização Social) com enorme estrutura disponibilizada para as empresas.

O planos será acompanhado por um comitê gestor composto pela Casa Civil, MCTI, MDIC, Fazenda e SMPE (Secretaria de Micro e Pequena Empresa).

Os editais serão publicados nas próximas semanas. Algumas das linhas de financiamento oferecerão juros de 2,5% a 5% ao ano, prazos de 12 anos com até 4 de carência e cobrindo até 90% de cada projeto.

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A lógica do programa, de coordenação dos diversos esforços, recursos alocados, parcerias e transparência indicam um caminho promissor.

Nos próximos meses se saberá se a execução estará à altura do desafio.

Telexfree

Ontem a Secretaria Especial de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda classificou o modelo TelexFree como pirâmide financeira e recomendou a ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

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