Economia

O BC mal mexe nos juros, apesar da economia continuar péssima

A taxa básica de juros é reduzida de 14,25% para 14%, variação ínfima diante da gravidade da crise, evidente em múltiplos indicadores

Apoie Siga-nos no

Após quatro anos de congelamento da taxa básica de juros em 14,25%, o Banco Central reduziu-a para 14% na quarta-feira 19. A diminuição é ínfima diante da imensidão da crise. 

O próprio BC divulgou no dia seguinte um recuo de 0,91% no seu Índice de Atividade Econômica IBC-Br, o maior declínio mensal desde maio do ano passado. Horas depois o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), único financiador empresarial de longo prazo, informou a queda de 34% nos desembolsos até setembro e um encolhimento da sua participação no mercado para o nível de dez anos atrás.

Quase ao mesmo tempo, a Confederação Nacional da Indústria anunciou a queda da confiança dos empresários, de 53,7% em setembro para 52,3% neste mês, e previu uma retomada da produção industrial só no próximo ano.

Na enxurrada de más notícias, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o recorde negativo de 1,6% no volume de serviços prestados em agosto, pior resultado para o mês desde 2012, indicação de recuperação distante.

O saldo geral são 12 milhões de desempregados e 22,7 milhões em idade de trabalhar, mas sem ocupação. Houve quem se animasse. “Temos hoje recuperação pronunciada na confiança”, disse o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, em discurso no TST no dia do anúncio dos juros.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar