Economia

A logística aquece o mercado de seguros

Por seu porte, os projetos de infraestrutura precisarão contratar quase todos os modelos de apólice

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Por Luciano Feltrin

Se há um setor que tem o que comemorar com as grandes obras de infraestrutura e logística que estão sendo tocadas ou planejadas no País é o de seguros. Para o segmento, trata-se de uma oportunidade única, já que, por seu porte e pelos diferentes tipos de risco envolvidos, esses projetos precisam contratar praticamente todos os modelos de apólices existentes no mercado. Tudo começa quando um consórcio vence uma licitação. Geralmente, os editais exigem que os grupos que concorrem apresentem um seguro para garantir a assinatura do contrato.

“Esse tipo de apólice garante que o compromisso seja honrado. Caso o consórcio vencedor falhe nesse sentido, a seguradora pagará a diferença financeira entre o primeiro e o segundo colocados para que esse assuma o lugar do vencedor”, afirma Renato Rodrigues, diretor de grandes riscos da Liberty.

Rodrigues observa que, por representar riscos muito elevados, o seguro de obras de grande porte quase sempre é assumido por um grupo de companhias. No caso de ferrovias, por exemplo, essa divisão pode acontecer por trechos ou mesmo por diferentes tipos de cobertura, que começa no seguro do transporte das peças, passa por riscos durante a construção da linha e pode também atingir os riscos de operação, quando o trem já está transportando pessoas ou cargas.

Uma apólice que tem grande potencial para crescer é a que garante a cobertura de prejuízos decorrentes de atrasos na entrega de obras por algum tipo de acidente, projeta Felipe Smith diretor da Tokio Marine.

Armando Bandechi, líder da unidade de infraestrutura da Marsh no Brasil, calcula que o seguro pode representar uma redução significativa no preço do financiamento perante bancos de fomento. “Quando se consegue reduzir substancialmente o nível de contingências, o impacto pode ser grande, ficando entre 20% e 30%.”

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