Economia

46% da Classe C não tem marca favorita

Segundo pesquisa, poucas empresas são capazes de ganhar a confiança dos consumidores que movimentaram R$ 1 trilhão em 2011

Em 1998, as classes de renda A, B e C somavam 53% da população brasileira. Hoje, somam 84%. Foto: Agência Brasil
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Desde 2004, mais de 27 milhões de brasileiros ascenderam à Classe C. Com isso, os chamados consumidores da nova classe média passaram a representar 42% de toda a população e foram responsáveis por gastar, apenas em 2011, mais de 1 trilhão de reais.

Hoje o brasileiro que ascendeu das classe D e E é o que mais movimenta o consumo no País, com 44,3% de participação nos gastos. Apesar do apetite deste mercado, este novo consumidor continua negligenciado pelas empresas, segundo pesquisa do Instituto Data Popular.

Um levantamento que ouviu 22 mil pessoas em 153 cidades de todos os estados brasileiros constatou que poucas empresas são capazes de ganhar a confiança deste consumidor.

De acordo com o estudo, 46% das pessoas da classe C não possuem nenhuma marca preferida.

Em contrapartida, uma pesquisa anterior do instituto apontou que esses consumidores, embora sem identificação com marcas, são fiéis a determinados produtos em razão do “convívio” e necessidade. A fidelização, portanto, acontece mais por inércia do que pela propaganda. “Entre os consumidores da classe C, 84% são fiéis às marcas. É evidente que esta fidelidade não está sendo aproveitada pelas empresas”, afirma Renato Meirelles, diretor do Data Popular. “Este consumidor ainda não conseguiu se identificar com a mensagem que vem enraizada nestes produtos. Ele não se reconhece ali”, afirma Meirelles.

“As empresas precisam entender que a Classe C deixou de ser um nicho de mercado para se tornar o próprio mercado”, completa.

A pesquisa também revela que diferentemente das classes A e B, a escolha de um produto pelo consumidor da classe C está vinculada com a chamada propaganda boca-a-boca. Segundo o estudo, 65% dos adultos da classe C admitem fazer propaganda boca-a-boca, contra 19% da elite. Ao mesmo tempo, 79% dos consumidores da nova classe média afirmam confiar mais na indicação de um amigo/parente do que na propaganda da tevê.

Líderes no mercado

Atualmente, a classe C representa quase a metade do consumo de setores importantes para a economia. Dona de 47,7% do consumo no setor de bebidas e de 48% no de alimentos, a nova classe média também já é responsável por impulsionar as vendas na indústria automobilística (43,6% do total de vendas de automóveis) e no setor de passagens aéreas (34,4% do total).

Nestas áreas, as marcas que largaram na frente na corrida pela preferência e fidelidade do consumidor da classe C foram: Coca Cola, com 48,8% da preferência; Nestlé, com 32,3%; Fiat (21,2%) e a empresa de aviação TAM, com mais da metade da preferência deste mercado (50,9%).

Desde 2004, mais de 27 milhões de brasileiros ascenderam à Classe C. Com isso, os chamados consumidores da nova classe média passaram a representar 42% de toda a população e foram responsáveis por gastar, apenas em 2011, mais de 1 trilhão de reais.

Hoje o brasileiro que ascendeu das classe D e E é o que mais movimenta o consumo no País, com 44,3% de participação nos gastos. Apesar do apetite deste mercado, este novo consumidor continua negligenciado pelas empresas, segundo pesquisa do Instituto Data Popular.

Um levantamento que ouviu 22 mil pessoas em 153 cidades de todos os estados brasileiros constatou que poucas empresas são capazes de ganhar a confiança deste consumidor.

De acordo com o estudo, 46% das pessoas da classe C não possuem nenhuma marca preferida.

Em contrapartida, uma pesquisa anterior do instituto apontou que esses consumidores, embora sem identificação com marcas, são fiéis a determinados produtos em razão do “convívio” e necessidade. A fidelização, portanto, acontece mais por inércia do que pela propaganda. “Entre os consumidores da classe C, 84% são fiéis às marcas. É evidente que esta fidelidade não está sendo aproveitada pelas empresas”, afirma Renato Meirelles, diretor do Data Popular. “Este consumidor ainda não conseguiu se identificar com a mensagem que vem enraizada nestes produtos. Ele não se reconhece ali”, afirma Meirelles.

“As empresas precisam entender que a Classe C deixou de ser um nicho de mercado para se tornar o próprio mercado”, completa.

A pesquisa também revela que diferentemente das classes A e B, a escolha de um produto pelo consumidor da classe C está vinculada com a chamada propaganda boca-a-boca. Segundo o estudo, 65% dos adultos da classe C admitem fazer propaganda boca-a-boca, contra 19% da elite. Ao mesmo tempo, 79% dos consumidores da nova classe média afirmam confiar mais na indicação de um amigo/parente do que na propaganda da tevê.

Líderes no mercado

Atualmente, a classe C representa quase a metade do consumo de setores importantes para a economia. Dona de 47,7% do consumo no setor de bebidas e de 48% no de alimentos, a nova classe média também já é responsável por impulsionar as vendas na indústria automobilística (43,6% do total de vendas de automóveis) e no setor de passagens aéreas (34,4% do total).

Nestas áreas, as marcas que largaram na frente na corrida pela preferência e fidelidade do consumidor da classe C foram: Coca Cola, com 48,8% da preferência; Nestlé, com 32,3%; Fiat (21,2%) e a empresa de aviação TAM, com mais da metade da preferência deste mercado (50,9%).

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