Cultura

‘Io e te’ mostra que Bernardo Bertolucci segue em boa forma no cinema

Mais uma vez é a juventude o tema do novo filme do renomado cineasta italiano

Até que o destino mude tudo. Jacopo Olmo Antinori e Tea Falco, fim do torpor
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A boa disposição física, apesar da cadeira de rodas e de sucessivas operações na coluna, Bernardo Bertolucci havia demonstrado no ano passado, quando o Festival de Cannes o homenageou. Agora sabemos que ele continua em forma também na tela, com a qualidade juvenil intacta. Mais uma vez são os jovens o tema de seu novo filme, Io e Te, apresentado fora de competição na 65ª edição da vitrine francesa. Seu filme anterior, Os Sonhadores, já contava quase uma década e apreendia o mesmo universo etário ligado ao Maio de 68. Desta vez, a relação é mais pessoal e íntima.

Io e Te, ou eu e você, adapta romance de Niccolò Ammaniti sobre adolescente que se encerra num porão para  preservar sua intolerância social. Lorenzo (o ótimo Jacopo Olmo Antinori) custa à mãe problemas de relacionamento e um psicólogo. Quando surge uma viagem escolar, ele tem a desculpa para sair de casa e se instalar por uma semana no esconderijo do prédio onde vive. Não ficará muito tempo sozinho. Sua irmã mais velha (Tea Falco) aparecerá, liberal e viciada em heroína, para fazer cumprir a passagem de uma inocência marcada pelas espinhas da puberdade a uma visão de realidade que transformará Lorenzo. “Ele é tomado por uma espécie de torpor até o destino lhe tirar desse estado”, explicou o mestre italiano na entrevista coletiva em Cannes. “Apesar de essa situação estar bem delineada pelo livro, me firmo na realidade para ter claro o comportamento dos jovens.” Seu estímulo pelo novo não alcançou o 3D, com o qual pretendia realizar o filme. “Descobri que detesto”.

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