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Pergunta para 2013: continuaremos a ser assaltados antes de entrar e dentro dos restaurantes?

Pergunta para 2013: continuaremos a ser assaltados antes de entrar e dentro dos restaurantes?
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Abri em meus arquivos a primeira coluna que escrevi para o ano que se encerra, esse nosso de 2012, e admito: bateu uma certa tristeza.

Fiz uma série de perguntas.

Perguntava eu, por exemplo, se continuaríamos a ser assaltados antes de entrar no restaurante e dentro do restaurante. Sim. Continuamos a ter de pagar, em média, aqui em São Paulo, 20 reais. Como informação curiosa, estava eu na semana que passou em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e fomos almoçar em um clube local. O estacionamento era pago: 3 reais a primeira hora e 2 reais as demais.

Comer fora continua caro e, o que é pior, parece que ninguém está ganhando muito com isso. Minha “briga” contra os altos preços é antiga. Todavia, fui convencido de que a situação não anda nada confortável para os donos de restaurante. Arrastões continuaram a acontecer, mas em menor escala. Ou foram menos divulgados.

Formigas em alta, sim! Esta havia sido uma de minhas perguntas: se as formigas iriam dominar o cenário gastronômico. Taí o Formigatone, sensação do Natal,  que não me deixa mentir.

Manés iriam continuar pagando o preço de bom vinho ou de uma garrafa de uísque em uma cerveja gourmet? Sim! Uma vez Mané, Mané até morrer.

E o que vocês me dizem do adjetivo “gourmet” que invadiu todos os setores da vida? Morar ou comprar  um apartamento que não  tenha terraço gourmet não faz o menor sentido. A não ser que o prédio, em sua área de lazer, ofereça um “espaço gourmet”. Quer agregar valor a algum produto ordinário? Espremedor de alho…- gourmet. Filtro de café… gourmet, -feito de fibra de algodão orgânico desenvolvida pela chef  Nina. Enquanto isso, o -Junior morre de rir.

Falando nisso, também comentei sobre chefs se transformando em celebridades. E veio o sorteio da Copa das Confederações, que não me deixou mentir.

Agora sem ter a ver com o que escrevi no começo do ano, mas que tem a ver com o que escrevi algumas vezes. Passei em frente de um restaurante que ficava perto de casa e constatei que havia fechado as portas. Não me surpreendeu. Era medíocre. Menciono o fato porque, em uma das vezes que fui ao local (é sempre bom dar uma chance ao chef, aos garçons), lá estava um desses jovens chefs laureados, como diz meu chefe, pela mídia nativa. E o rapaz não poupou elogios ao local e, principalmente, à comida. E falava alto, para que todos pudessem ouvir. Ou porque fosse desprovido de melhor educação. Mais provável a segunda hipótese. Pergunto: ajudou? Não. Digo sempre: ajuda muito mais a boa crítica que o elogio protocolar. Os que o viram e ouviram e estavam a comer é certo que ficaram surpresos. Não estavam -encontrando aquela qualidade toda em seus pratos.

Deixo pra lá o que não deu certo e falo do que rolou bem.

Os almoços no Bar da Dona -Onça, localizado no Edifício Copan, foram quase todos impecáveis. O melhor local, disparado na frente dos outros bem mais caros e mais comentados, para se comer a velha e boa comida clássica das casas de família e dos botecos de fino trato de outrora.

Boa surpresa o Brasil a Gosto, que não me encantava e este ano o fez.

A mudança no comando da cozinha do Fasano fez muito bem à casa. Luca Gozzani trouxe um vento novo. O mais interessante: não foi preciso fazer espumas ou vagalumes amazônicos para mudar, revitalizar. Luca é um garimpeiro do sabor.

Melhor momento, quem me lê sabe: o almoço de 15 anos de minha filha no Parigi.

E prometo para o novo ano visitar outras cidades, outros estados e quiçá outros países. Penso até em pedir que me façam um cartão de visita diferenciado: Marcio Alemão Viajante Gourmet.

Agradeço a todos os que me acompanharam por mais um ano e desejo um monte de saúde e mais outro monte de sucesso para nós.

E o que mais?

Sim, um Natal e um ano-novo -gourmet!

Abri em meus arquivos a primeira coluna que escrevi para o ano que se encerra, esse nosso de 2012, e admito: bateu uma certa tristeza.

Fiz uma série de perguntas.

Perguntava eu, por exemplo, se continuaríamos a ser assaltados antes de entrar no restaurante e dentro do restaurante. Sim. Continuamos a ter de pagar, em média, aqui em São Paulo, 20 reais. Como informação curiosa, estava eu na semana que passou em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e fomos almoçar em um clube local. O estacionamento era pago: 3 reais a primeira hora e 2 reais as demais.

Comer fora continua caro e, o que é pior, parece que ninguém está ganhando muito com isso. Minha “briga” contra os altos preços é antiga. Todavia, fui convencido de que a situação não anda nada confortável para os donos de restaurante. Arrastões continuaram a acontecer, mas em menor escala. Ou foram menos divulgados.

Formigas em alta, sim! Esta havia sido uma de minhas perguntas: se as formigas iriam dominar o cenário gastronômico. Taí o Formigatone, sensação do Natal,  que não me deixa mentir.

Manés iriam continuar pagando o preço de bom vinho ou de uma garrafa de uísque em uma cerveja gourmet? Sim! Uma vez Mané, Mané até morrer.

E o que vocês me dizem do adjetivo “gourmet” que invadiu todos os setores da vida? Morar ou comprar  um apartamento que não  tenha terraço gourmet não faz o menor sentido. A não ser que o prédio, em sua área de lazer, ofereça um “espaço gourmet”. Quer agregar valor a algum produto ordinário? Espremedor de alho…- gourmet. Filtro de café… gourmet, -feito de fibra de algodão orgânico desenvolvida pela chef  Nina. Enquanto isso, o -Junior morre de rir.

Falando nisso, também comentei sobre chefs se transformando em celebridades. E veio o sorteio da Copa das Confederações, que não me deixou mentir.

Agora sem ter a ver com o que escrevi no começo do ano, mas que tem a ver com o que escrevi algumas vezes. Passei em frente de um restaurante que ficava perto de casa e constatei que havia fechado as portas. Não me surpreendeu. Era medíocre. Menciono o fato porque, em uma das vezes que fui ao local (é sempre bom dar uma chance ao chef, aos garçons), lá estava um desses jovens chefs laureados, como diz meu chefe, pela mídia nativa. E o rapaz não poupou elogios ao local e, principalmente, à comida. E falava alto, para que todos pudessem ouvir. Ou porque fosse desprovido de melhor educação. Mais provável a segunda hipótese. Pergunto: ajudou? Não. Digo sempre: ajuda muito mais a boa crítica que o elogio protocolar. Os que o viram e ouviram e estavam a comer é certo que ficaram surpresos. Não estavam -encontrando aquela qualidade toda em seus pratos.

Deixo pra lá o que não deu certo e falo do que rolou bem.

Os almoços no Bar da Dona -Onça, localizado no Edifício Copan, foram quase todos impecáveis. O melhor local, disparado na frente dos outros bem mais caros e mais comentados, para se comer a velha e boa comida clássica das casas de família e dos botecos de fino trato de outrora.

Boa surpresa o Brasil a Gosto, que não me encantava e este ano o fez.

A mudança no comando da cozinha do Fasano fez muito bem à casa. Luca Gozzani trouxe um vento novo. O mais interessante: não foi preciso fazer espumas ou vagalumes amazônicos para mudar, revitalizar. Luca é um garimpeiro do sabor.

Melhor momento, quem me lê sabe: o almoço de 15 anos de minha filha no Parigi.

E prometo para o novo ano visitar outras cidades, outros estados e quiçá outros países. Penso até em pedir que me façam um cartão de visita diferenciado: Marcio Alemão Viajante Gourmet.

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E o que mais?

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